segunda-feira, 23 de dezembro de 2002

sexta-feira, 13 de dezembro de 2002


Histórias Podres:

Quase defloramento anal

Era uma quarta-feira, Cabelo, 19 anos, estava com a grana.O trabalho que fizera durante as férias de verão, lhe rendeu uns bons pilas. Então, após dar aquela volta pelos lugares do centro de Novo Hamburgo pesquisando o preço de diversos artefatos que desejava, o que inclui dar uma babada ao ver instrumentos musicais que sonhava em comprar, resolve ir ver se encontra alguém perdido pelo calçadão. Era fevereiro (20 e poucos de fevereiro), então em frente ao People's Bar, encontra seu irmão Mona (21 anos), que conversava com o Piá (15 anos).

- E aí, só fumando e bebendo? - Cabelo, falando para Mona.
- Mais ou menos.
- E aí, meu, tudo bem?
- Só.
- Então, senta aí.

Cabelo senta à mesa e conversa com os dois. Piá bebendo ceva e fumando. Papo vai e papo vem...

- Tu não acha que começou a fumar e beber cedo? - Cabelo.
- É só um cigarrinho de vez em quando. E eu to bebendo só uma ceva. - Piá.
- Eu comecei a fumar pelos 13, 14, até agora não parei, e de beber também não. Tu que sabe o que tu faz, mas eu não incentivo ninguém.
- Não, eu sei me controlar, não dá nada!
- Sei lá cara, eu não sou bom pra dar conselho pra ninguém, mas se eu não tivesse começado a fumar, nunca teria tentado parar, coisa que não consigo fazer....

E dai segue aquele papo, Cabelo sempre tentava passar suas experiências para os outros, normalmente mostrando o lado ruim das coisas. Ele era paranóico.

- Mas então eu vou indo... Até mais Mona, prazer ai Cabelo.
- Falou cara, te cuida meu, o mundo é foda!
- Só cara, valeu!

Mona e Cabelo conversam mais, Cabelo manda baixar ceva e começa a beber, seriam talvez, 18 horas. Dai chega um amigo, não muito amigo, de Mona, o Careca (26 anos).

- E ai, Mona?
- E ai, tudo bem?
- Beleza! E ai cabeludo?
- E ai?
- Esse é o meu irmão, o Cabelo.
- Só pode crer. Careca, prazer!
- Aham!

Segue o papo, e Cabelo manda ceva pra dentro. Careca vai pra casa e volta mais tarde, quando o sol estava se pondo. Resolvem entrar no bar.
Cabelo, apesar de beber junto com Careca e Mona, absorve muito mais cerveja.

- Vocês não tão bebendo? - Cabelo.
- Nem dá bola cara, continua bebendo ai, vamos continuar a conversa...
- Tá então eu vou beber mais!

Ficaram conversando, até um amigo, o Bigode (19 anos), resolveu dar uma passada no local, tomou um refri, conversou um pouco com os outros três, e foi embora.
Cabelo era frustrado com as mulheres e bêbado como estava começou a botar pra fora. Falou de quase todas suas experiências com mulheres e Careca sempre se mostrando atencioso ao assunto do jovem rapaz. Mona, que era gay, ficava criticando o comportamento dos heterosexuais, sempre detonando com as opiniões de seu irmão mais novo.

Chega perto de 22:30..., 23:00..., 23:30:

- Pô, já nem sei quanta ceva eu tomei. Como é que vamos embora?
- Nem esquenta, vamos no meu apê. - convida Careca.
- Por mim... Que que tu acha Mona?
- Vamos! O que é que agente iria fazer em casa?

Careca morava com Morena (21 anos), que havia sido colega de Mona na sétima série, mas o relacionamento dos dois era apenas dividir o apartamento, cada um pagava a metade do aluguel, mas ninguém metia o bedelho na vida do outro.

Chegando no tal "apê", Morena comia pipocas com cobertura de chocolate e assistia TV. Era uma aparatamento com sala, três quartos, banheiro, "cozinha americana", o piso era de madeira. O prédio antigo não tinha elevador, era adentrar o local, abrir uma porta de ferro no corredor subir uma escada e se chegava lá. Cabelo, nunca soube negar nada, sempre era chamado de "peixe de aquário", tudo o que tu oferecesse, o cara comia. Pois então, Morena ofereceu pipoca e ele comia e conversava:

- Como é morar com um cara que não tem nada a ver, assim sem ser namorado e tal?
- Normal, não tem nada a ver, nós só dividimos o apartamento.
- Vocês não se incomodam com comentários maudosos dos vizinhos?
- Não, ainda mais que aqui nesse prédio vivem um monte de lésbicas e homossexuais. O que é que eles iriam dizer?
- Sei lá, eu também não tenho nada a ver com a vida das outras pessoas, apenas fiquei curioso, porque se vocês morassem perto da minha casa, com certeza os vizinhos falariam pelas costas e tal. Mas desculpe, que papo chato...
- Não esquenta, tudo bem...

Nisso Mona senta ao sofá e conversa com a amiga, enquanto Cabelo, meio de longe recebe um convite de Careca para fumar maconha.

- Eu não posso fumar perto do Mona, se não ele vai me entregar pra toda a família. Ele sempre foi pau no cu comigo, quando ele me viu fumar foi no mesmo instante me entregar pra minha mãe, eu não posso deixar motivos para ele me jogar coisas na cara, ainda mais que...
- Calma cara, eu digo pros dois que agente vai curtir um som no meu quarto e daí ninguém incomoda. Eu vou falar de um jeito para a Morena, que ela vai saber que tem que avisar se alguém se aproximar do quarto.

Então, os dois vão para o quarto, Careca enrola um e os dois ficam fumando. Careca pega uns vinis velhos e põe num toca discos e continuam conversando...

- Tu nunca cheirou, o Cabelo?
- Não, e nem pretendo. E tu?
- Eu cheiro de vez em quando. Olha essas fotos... - Careca e uns outros caras num rio ou lagoa com um barco de madeira para umas quatro pessoas, com mais dois dentro do barco fumando maconha além de outras fotos de gente fumando maconha.
- É mas eu prefiro fumar isso aqui mesmo...
- Fica tranqüilo.
- Mais que eu tô?
- Tem umas revistas aqui.

Cabelo olha mulheres nuas em revistas como Playboy, Vip, entre outras:

- Olha só cara, mulheres, eu só falei disso, e agora mais mulheres. Eu adoro mulher, elas que não querem saber de mim. Eu sou um merda mesmo! Que bosta!
- Não cara, tu só tá um pouco amargurado, isso passa... É fase.
- Tomara, mas me diz uma coisa... Tu nunca, chegou na Morena... e... patati patatá... coisa e tal...
- Não cara, nunca rolou nada, só de vez em quando a gente fuma um conversa um pouco e nada mais que isso.
- Tá mas, pra trazer mulher aqui, como é que é?
- Cada um tem sua vida e agente se respeita, não tem problema, mas normalmente, quando ela traz alguém aqui eu não estou e vice-versa, mas já aconteceu do outro estar em casa. Há o cuidado de um não incomodar o outro.
- Eu não me imagino morar com uma mulher e não transar com ela. Imagina... eu... uma hora ou outra iria me sentir atraido, eu acho, homem ser amigo de mulher é difícil, digamos, sem rolar sexo é difícil ser amigo e morar junto.
- Se tu sai com outras, tu consegue.
- É, mas eu não pego nada, dai morando com uma mulher, ali do lado e do gabarito da Morena, me desculpe, mas não ia dar certo eu não resistiria...
- Tem uns sons aqui, dá uma olhada, eu só vou ali no banheiro fazer a barba, amanhã vou trabalhar e tal e preciso dar um jeito nisso aqui.
- Olha só, Marisa Monte, que voz!
- Essa aqui é boa, fuma o resto e ouve isso aqui Cabelo.

Algum vinil da Marisa Monte, o som se perde, Cabelo vê losangulos piscando e alternando as cores entre vermelho e verde. Estava mal. "O que eu quero é chocolate" nos ouvidos. "Maryhuana, ou será maryrruana, ou será maryhuanna, ou será que nem um desses está certo?" Década de oitenta, noventa.... "Estou sentado no chão. Que coisa mais maluca, estranho..." Os sentidos de Cabelo começam a ficar estranhos, aliás, já estavam antes com tanta cerveja ingerida, mas com um baseado por cima... e o cara não havia comido nada após o almoço. Seriam 1:00. O jovem sente que vai vomitar. Banheiro é a solução. Cambaleando abre a porta do quarto mira o banheiro e adentra. Careca estava terminando de se barbear, quando vê aquela figura cambaleante caindo em cima do vaso sanitário. De joelhos, Cabelo abre a tampa do vaso e manda ver. Careca termina com a barba e deixa Cabelo sozinho.

- Cara, teu irmão tá mal! - Careca.
- Também bebendo daquele jeito, só podia dar nisso, ainda bem que não fomos pra casa, imagina minha mãe vendo uma coisa dessas! - Mona
- Pois é, ele já tá muito tempo lá dentro, quem sabe tu não compra um remédio?
- É, vou pegar um dinheiro na carteira dele e vou numa farmácia.

Enquanto eles discutem o que vão fazer, Cabelo vomita, pára, vomita, pára. Sempre pensando em como é bom vomitar e sentir tontura de vez em quando, tenta levantar e não consegue, nunca tinha ficado naquele estado. Careca entra no banheiro e fala:

- O Cabeludo, todo mundo cága ai, porque tu não sai daí? Isso aí é podre!
- Azar, eu não posso sair daqui agora. - diz Cabelo caído de cara em cima do vaso.
- Então tá, não vai te afogar aí?
- Claro que não... Eu não consigo levantar, mas não vou me agogar, dá um tempo que eu tô saindo.

Mona volta com alguns comprimidos e, com ajuda de Careca, carrega Cabelo até um quarto onde previamente haviam espalhado um colchonete para deitar o bebum. Cabelo deita de costas para o chão e vê ao seu lado uma bacia, seu irmão levanta o seu pescoço e o faz tomar um comprimido e um chá.

- Toma mais um desse. - Mona.
- Toma tu! Já chega. tô bem! - Cabelo.
- Então tá, vamos te deixar aí, qualquer coisa dá um berro.
- Vai te fudê! Eu só preciso dormir!

Começa mais uma viagem, tudo gira, está voando como super-homem. "É bom, mas dá tontura. Olha só! Uma luz azul! Que legal! Que afudê!"

"Opa o que é que está acontecendo com meu pé esquerto?" Acorda, Careca está tirando o tênis do pé esquerdo. "Deve ser só pra que eu não suje o lençol". Nisso sai o pé direito. "Agora esse xarope me deixa em paz." Sente que o cinto da calça é aberto. "O que é que esse cara tá mexendo aí?" Olha e vê o botão da calça sendo aberto e em seguida o ziper...

- Sai fora! Sai daí! Tá louco!? - Cabelo tentando bater nas mãos de Careca.

Careca sai sem falar nada e deixa a porta do quarto aberta. Enquanto isso Mona dorme no quarto de Morena, que também está dormindo. Cabelo permanece deitado tentando entender porque o cara queria tirar suas calças. Não dorme mais e fica esperando alguém acordar para ver o que iria acontecer.

Amanhece, as pessoas acordam, Cabelo calça os tênis, fecha o sinto e a calça. Levanta. Morena está no banho. Careca passa café. Mona fuma e fala sobre a bebedeira do irmão:

- Essa juventude, que barbaridade!
- Eu só vi o amendoim boiando no meio de toda aquela ceva no vaso. Haha! - Careca.
- Não era amendoim, era pipoca com chocolate. - Cabelo.
- Tá bem? Pega um café.

Cabelo tenta tomar o café, porém sentia todo organismo revirado, tomou um gole e devolveu a xícara que estava praticamente cheia.

- Obrigado, meu estômago não tá legal, não consigo beber e nem comer nada agora.
- Sem problema.

Morena sai do banho vestida para mais um dia de trabalho. Dá bom dia aos homens. Cabelo olha para aquela mulher e pensa: "Ah, se essa mulher morasse comigo! Mesmo que não me desse... Que eu iria tentar... eu iria...!"

Todos saem do apartamento. Cabelo segue caminhando com o irmão e o Careca. Morena toma outro rumo. Mona se despede e toma outro rumo. Seguem Cabelo e Careca:

- Tu vai pegar ônibus aonde? - Careca.
- Ali no paradão. - Cabelo.
- Então, falou, amigo! - Careca - Eu vo pegar lá embaixo.
- Até mais, Careca. - Cabelo fala com um sorriso estranho, como se tentasse ser meio simpático, mas ao mesmo tempo em que pensava: "Amigo? Como assim? O cara tenta abrir minha calça... Será que esse maluco pensa que eu não lembro?"

Cabelo chega em casa ainda pela manhã. Sozinho em casa ele toma um banho, abre a janela da sala, fuma um cigarro. "Carlton, um raro prazer!" Olha o seu reflexo na TV: sala branca com a luz forte do sol, um cara de camiseta azul fumando com os cabelos compridos molhados que não pensa nada muito claro.

Cabelo, no mesmo dia, visita o amigo Bigode em sua casa e comenta os fatos da noite anterior:

- Hahaha! O cara abriu tua calça? Hahaha! Imagina se tu acorda e o cara tá comendo o teu cu! Hahaha! Ou pior, tu acorda e diz pro cara: "O que é que tu pensa que vai fazer?"; dai ele responde: "Fazer não, já fiz!" Hahaha! - Bigode, avacalhando o amigo.
- É foda, mas será que o cara faria uma coisa dessas? Pior que se eu não acordo...
- Eu vi que o maluco tava bem interessado no assuto! Hahaha! Já tava pensando em como iria fazer pra comer o teu cu! Hahaha! "Vô pegá esse cabeludo pelo cabelo e dá uns tapa e umas mordida na bunda dele!" Hahaha!

Passam duas semanas...

- Sabe o Piá? - Mona.
- Sim, aquele que tava aqui aquele dia. - Cabelo.
- Quem é esse cara? - Bigode.
- Um guri que tava por ai um dia desses... -Cabelo, contando a história sobre o Piá.
- Tá, mas o que é que tem? - Bigode.
- Pois é, o guri tava por ai tomando uns tragos e o Careca passou por ai e levou pro apartamento dele... Chegaram lá: o Careca dopou o Piá e comeu o cu dele.
- Peraí, mas a Morena não tava em casa? - Cabelo.
- Não, ela foi pra praia na sexta de tarde pra aproveitar o fim do verão na casa duma amiga dela... - Mona.
- E o cara comeu o cu do guri?! - Cabelo.
- Sim, comeu! - Mona.
- Bah, que foda! Tu escapou duma, heim? - Bigode.
- Como assim? Escapou! - Mona.
- O cara no meio da madrugada abriu minha calça... e... blábláblá... - Cabelo.
- E tu não me falou uma coisa dessas, o animal! - Mona.
- Pra ti ver, eu achando que o cara era teu amigo e que não dava nada e quase tomo no cu literalmente! - Cabelo.
- É, eu já tinha ouvido falar que o Careca tinha tendências, mas pegar um guri, que tu vê que é hetero e fazer uma maldade dessas.... Eu não esperava. - Mona.

Mona tinha fontes seguras de que o fato havia ocorrido. Piá nunca mais pôs os pés em Novo Hamburgo, foi morar em outra cidade onde suponha ninguém vir a saber o fato que ocorrera no apartamento.

- E tu teve sorte que eu estava lá, porque senão não teria remedinho e daí tu tava fudido à essas alturas! -Mona.
- Vai te fudê! Acho até que tu queria que eu tomasse no cu. Vai ver tu pensou que iria morrer de remorso, por isso tentou remediar a situação. Além do mais, eu nunca mais vou contigo pra casa desses teus amigos! Tu só conhece esse bando de viado filho da puta! Já pensou como é que o Piá tá se sentindo agora? - Cabelo.
- Sim, eu não tenho culpa que o guri tava ratiando por aí. E tu mesmo aconselhou ele dizendo pra se cuidar. Não se cuidou, deu nisso aí!

Bigode ficou mais sério com a conversa e deu sua opinião sobre o assunto. Falaram sobre outras barbaridades que ocorrem por perto e que ninguém vê. Cabelo justificou a sua paranóia e teve certeza que escapou do defloramento anal.

domingo, 8 de dezembro de 2002

Conversa de homens sobre sexo

- Mulher é foda!
- Sei lá, cara, eu sempre me dou mal.
- É tem que ter recursos financeiros.
- Pois é, tem mulher que só procura cara que tem carro.
- Vai lá no "Alternativo" que tu não precisa ter carro pra pegar.
- É, mas tem o "Expresso" ali, vamo lá que rola.
- Eu não tenho perfil pra ir num lugar desse.
- Ah, tu acha que eu tenho?
- Pelo menos tu é magro.
- Ah, então ainda vai...
- Pois é, 9 meses sem sexo... (na verdade calculou mal, eram 8 meses).
- Eu tô quase 1 ano.
- Nosso amigo aqui tinha sexo se quisesse, só largou a mulher porque ela falava merda e porque não gostava dela.
- Sexo era bom, o resto era uma merda.
- Cara, tu não tem que amar pra fudê!
- É, mas depois aquele vazio, e se ela fala merda depois...
- Tu não tem que sentir culpa, e se ela falar merda depois da trepada, tu vira de costas e dorme, dai ela fica bem indignada, ou então, vira ela de costas e come o cu.
- Acho que eu vou no Sofazão.
- Já foi lá?
- Não. Ouvi falar que tu paga 80 e come quantas quiser.
- Bah, deve ser uma merda.
- Não interessa se a mulher tá afim, chega lá e encaixa.
- Tu já pagou por sexo?
- Paguei.
- Eu não sou assim.
- Tu dramatiza.
- Não é que eu dramatizo...
- É... Não tem que romantizar.
- Ai é que está o problema. Eu romantizo.
- Cara, tu tem que chegar e comer. Eu, por exemplo, comi uma mulher e foi muito bom. Eu queria que aquilo se repetisse, mas quando elas dão no primeiro encontro, pode ser a melhor foda da vida dela, mas ela não vai te dar de novo.
- Bah, que merda! Eu cheguei ao ponto em que os dois estavam tocando um o sexo do outro, mas não rolou.
- Não porquê?
- Ela não quis. Ela me cortou.
- Chegou na hora ela fugiu da raia. Ajoelou e não quis rezar. Isso já aconteceu comigo.
- É, eu pensei que teria mais depois...
- Não tem. Essa ai não te dá mais. Esquece.
- É assim mesmo, parte pra outra.
- Tu não tava falando daquela garota?
- Sim, eu estava...
- Bah, cala a boca!
- Eu tinha que falar.
- Tá certo então.
- Vamo embora?
- Vamo, té mais.
- Falou ai, vocês dois!
- Falou!

sábado, 30 de novembro de 2002

"Seis pontos na cabeça e oito no pé" é o nome que pensei para o "relatório da dissecação de meu próprio corpo", ou "autópsia em meu corpo vivo" ou "história de acidentes sofridos e doenças contraidas durante a minha vida" desde o meu nascimento. Idéia que parece meio esquisita, mas todo mundo comenta algum tipo de cicatriz no corpo. Essas marcas servem, para lembrar de coisas que realmente acoteceram.

Mas o título não me parece original, porque faz lembrar o verso: "Mão na cabeça e foguete no pé". Não lembro o resto, mas acho que é Chico Sciense.
Não é bem assim.

Me olhou e disse: -Vê se não fuma demais amiguinho!
Gostei da meiguisse dela.
Como ela é legal!
- Bom fim de semana!
- Pra ti também!
(Parece texto do MOPHO, mas ralmente aconteceu)

sexta-feira, 29 de novembro de 2002

Sensação_musica_douglas_sonic

É atormentante, me faz sentir estranho
Lembra morte, mexe em minha psique
É como se percebesse que o universo é bem maior
Lembra o último verão estranho
Como um pesadelo
Como o medo de ficar louco usando drogas
É o sonho
São as tripas do ser vivo
Amor estranho
Morbidez
Frio, mas com calor lá fora
Umidade em dia quente
Suor escorrendo
Bêbado caminhando com gosto de vômito na boca
Gripe e nariz entupido num dia de sol no inverno e com muita gripe, dor de cabeça e sinusite.
Dor no corpo e medo de morrer
Gosto de cigarro e cheiro de cigarro em blusa de lã
Sala cheia de carpetes com cheiro de fumaça
Dormir no chão sem travesseiro
Acordar após duas horas de sono e ficar mais 24 sem dormir
Ter medo de sair na rua após consumo de maconha
Ser revistado e não encontrarem produtos ilegais em sua roupa
Ter medo de cair do alto
Ter medo de atravessar rodovia federal estando bêbado
Ter medo de não encontrar o amor
Medo insegurança
Frizando novamente:
O Universo é bem maior...

o texto acima foi escrito após ouvir Providence [Sonic Youth] versão disponível em mp3 aqui . (Para abrir em nova janela, se tu usas o internet explorer, clica com o botão direito e depois em "Abrir em nova janela")

quarta-feira, 27 de novembro de 2002

Don Quixote --> mensagem --> é melhor morrer por um ideal do que que morrer sem saber porque ter vivido.

As idéias das ciências exatas foram melhor desenvolvidas, que as humanas, durante os últimos séculos, porque não se chocavam contra o teocentrismo (Deus centro de tudo) da Igreja. Hoje: antropocentrismo --> Homem cria a civilização ( Homem - microcosmo - interfere no Mundo - macrocosmo)

Descartes --> Penso, logo existo. "Congito, ergo sun." Razão --> Pensamento --> Lógico

Pensamento --> [Idéia] --> Puro - Ideológico - não evelhece
Fazer os outros acreditarem em idéias ---> cabeças moldadas ---> programadas
--> Todos (a maioria) acreditando nas mesmas idéias. --> Perigo?

Cuidado com os psico-pensamentos eles podem ser perigosos, ou completamente inúteis.

segunda-feira, 25 de novembro de 2002

Sexta (12/11) fui ver dois Shows. Scream of Life começou tocando. O som era muito "experimentalista", digamos, sem querer menosprezar, mas não curti muito. Depois, o segundo show, da Walverdes, puta que pariu! A galera que aguentou até o final lá dentro, não se arrependeu! Havia um sorriso em meus lábios. Satisfação. Todo mundo pulando, se batendo. Loucura. Meu amigo Marcos subiu ao palco e cantou "classe média baixa records". Eu até pensei em cantar no outro microfone, mas não era pra mim, vi que não, pois erraria toda a letra e estragaria com a música. Estávamos em sintonia com algum universo estranho, onde havia interação entre os seres que habitavam o ambiente. Muito bom!

quarta-feira, 20 de novembro de 2002

Aqueles olhinhos de sedução...
Não consigo esquecer
Faz o que quer comigo
Quando me olha
Daquele jeitinho que só ela sabe
E sempre caio nas suas armadilhas
Sou fisgado
Tão bom...
Ela me dá tudo o que quero:
Ela me seduz
Vou à loucura

quinta-feira, 14 de novembro de 2002

Segundo um cara chamado TC, existem 3 coisas que todo homem deve saber:
1- Fazer caipira;
2- Enrolar um baseado;
3- Bater punheta, porque um dia alguma mulher vai te deixar na mão.
Psicologia Infantil: "o começo dos relacinamentos amorosos"

Éramos crianças. Ela mandou uma cartinha de amor por um amiguinho. Eu li a cartinha, só que eu não gostava dela, nem nunca gostei e também não gosto. Eu rasguei a cartinha dela, mas eu não precisava fazer isso. Eu poderia guardá-la, ou dar chance a garotinha, mas eu preferi desprezá-la. Eu dei um fora estúpido.

Consequência imediata: Toda menina tem uma melhor amiga. Pois, a melhor amiga dela vei tirar satisfações. Ela gritou comigo e eu não entendi direito. Ela encheu a minha cara de tapa. Bateu dum lado, bateu do outro e eu paralisado deixei ela bater forte na minha cara, apenas lágrimas escorriam dos cantos de fora dos olhos molhando meu rosto. Machucou a minha cara, mas não chorei. Não revidei os tapas porque "em mulher não se bate nem com pétalas de rosa". Dai, não lembro, mas ela me xingou mais e deve ter descarregado toda a raiva, parou de me bater e foi embora.

Eu estava na frente da minha casa, com a cara toda vermelha. Entrei e lavei o rosto.

Isso, na época, não fez efeito construtivo. Continuei na mesma: sem consciência da gravidade do fato. Mas, com o passar do tempo, comecei a levar uns foras. Até ai tudo bem, não dava bola. Mas teve um dia que eu me apaixonei. E levar fora estando apaixonado é foda, é uma merda.

Ainda não tinha consciência daquele passado, até que um dia ouvi falar de Freud, da psicologia, da busca da infância para explicar os traumas. Dai lembrei do fato. Eu fui cruel com a garotinha. Pensei em como ela poderia ter ficado deprimida, talvez tenha chorado por ter sido desprezada, talvez ela gostasse muito de mim. E a amiga dela não suportou ver o sofrimento da coitadinha e me encheu de porrada. Realmente, eu mereci. (Nada do que a consciência de se colocar no lugar dos outros para tentar entender o que se passa consigo mesmo.)

Obs.: Se eu não estou a fim, não rola, mas não é por isso que vou desrespeitar o sentimento dos outros.

quarta-feira, 13 de novembro de 2002

A filosofia do "homem-foda"

Tem uns caras do trabalho que ficam o dia inteiro falando de sexo, ou fazem alguma brincadeira relacionada a isso. Parece que tudo o que eles fazem na vida é para acabar fodendo alguma mulher.
O que acontece, é que eles querem implantar esse pensamento em minha mente, tanto que, durante o almoço estavam dizendo que uma garota do trabalho ficou só me cuidando ontem, enquanto eu instalava um no-break na sala dela. Estavam dizendo, já que têm mais tempo na empresa, que se eu quisesse, eles dariam um jeito. Fiquei ouvindo comentários do tipo: "olha só aquele corpo", "dá prá fazer um estrago ali", "deixa de ser trouxa, aquela tá na tua, só depende um pouco de ti".
Não sei se rola, eu não tô muito a fim, e antes do almoço de hoje, eu não havia reparado na existência da moça. Não senti nenhum interesse na mulher.
Já tô vendo que vão começar a me chamar de viado, de bicha e fazer pressão para que eu siga adiante. Talvez eu tente conhecer a garota, mas o negócio, segundo eles é: "sexo sujo".
Bah, detesto esse negócio dos outros ficarem se metendo na vida alheia, principalmente quando é com a minha.
Porque eu não sou como eles? Que chegam, comem o que vier na frente e não estão nem ai.
oapanhador
teste
Cargas iônicas no ar. Que bom! Estou com as moléculas vibrando em uma ótima freqüencia. Auto-ajuste do universo. O aquecimento mudou a química das moléculas forçando um bem estar. Há muito não me sentia assim: com disposição (sem motivo para estar). Liberada carga emocional negativa.
Nada é absolutamente certo, nada é absolutamente errado, nada é(ra)
Psico-existência, psico-loucura, psico-textos, psico-poesia, psico-dadaismo

segunda-feira, 11 de novembro de 2002

Dor muita dor
Não chorava há muito tempo, mas quinta, sexta e sábado eu chorei - principalmente no sábado - logo após acordar derrepente às 5:00. Muito mal. Não abria o berreito desde a morte do meu querido padrinho em 1998. Foi bom, aliviei. Pensei muitas coisas sobre mim mesmo, muito ressentimento aprisionado, muita recriminação sofrida. Tinha que me libertar. Deveria haver alguma válvula de escape. Não haviam drogas em casa, alguma coisa iria acontecer. E aconteceu. Dai, comprei um maço de hollywood vermelho e fumei (foda-se eu mesmo, parei mas agora vou ter uma bela recaida! - pensei).(Ontem, domingo, não fumei, e hoje, segunda, tb não). Não pense que foi por um fator apenas, foi por tudo o que incomodava em mim mesmo, tudo o que tento mudar, tudo o que tento reconhecer em mim mesmo, e também não sou super-homem. Não sei se isso é depressão. Pois a depressão para mim é uma tristeza que trava e vai aumentando aos poucos e tira a vontade de fazer coisas. Aquilo foi estranho. Não sei explicar. Como todo bom reprimido, chorei sozinho e cuidei para não fazer barulho para que meus irmãos e minha mãe não ouvissem meu pranto. Não gosto de me expor à família, talvez porque não queira preocupar ninguém, ou porque não foi bom me expor e sempre que fiz isso eu sofri mais (essa é a melhor explicação) ou porque quero viver na minha e expor quem eu sou somente a quem eu escolher.
Tá, mas agora eu gostaria de saber: Como é que vais?

sexta-feira, 8 de novembro de 2002

quarta-feira, 6 de novembro de 2002

Sem freio na língua?
De vez em quando é bom!
Esse sim é bom, foi tentar usar aquela porra de weblogger e não funcionou hoje de manhã. Deu vários paus e não consegui atualizar aquela merda. Por isso não abandono esse blog aqui, não consegui fazer comentários nele ainda, mas pelo menos não me deixa na mão.

Recomendo: www.blanched.net clique naquele olho, depois leia o texto que fala da banda e se quiser, conheça o autor do mesmo clicando em douglas dickel
Já publiquei parte desse texto nos meu blogs, mas estou convidando a entrar no site da banda, onde estão disponíveis alguns mp3, letras dos discos e tal.

terça-feira, 5 de novembro de 2002

Cuidado, estou cometendo desatinos hoje! Então se tu quiseres ler e não entender nada, não se preocupe.
Estou me livrando de várias coisas. Sinto agitação no organismo hoje. Vai ver é a felicidade de não entregar um trabalho que eu já deveria ter feito e não fiz. Tô arriscando a tirar um zero. Tô cagando também. Que se foda! Eu tô muito bem. Agora esse é o perigo, quando isso acontece manifesta-se a irresponsabilidade. Porra!!! Eu pago a minha faculdade e se eu quiser chutar o balde também eu é que vou me fuder! Quanto a isso eu presto somente contas a mim mesmo. Então, vou fazer o trabalhinho, só não sei quando, pois a entrega é hoje a noite, após a apresentação que eu não preparei. Hahaha! Desafio! Hahaha!

segunda-feira, 4 de novembro de 2002

Bah, assisti o filme Cidade de Deus no cinema ontem. Puta que o pariu! O filme é muito foda! Eu recomendo. É um filme em que se ri e se tem vontade de chorar. Gosto de filmes que mexem nas vísceras das pessoas. Toca no organismo como uma broca que arranca o nervo de um dente num tratamento de canal. Chega de anestesia e bobagem, toma uma realidade na cara!

sexta-feira, 1 de novembro de 2002

O blog paralelo tem fotos interessantes. Estás convidado(a) a apreciar o novo psico-pensamentos.
(E lá tu podes deixar o teu comentário.)

quinta-feira, 31 de outubro de 2002

O pessoal com quem eu normalmente conversava nos intervalos do almoço devem estar estranhando a minha ausência...

quarta-feira, 30 de outubro de 2002

Em teste uma variação do blog psico-pensamentos. Aprecie.
Isto é um teste

A arte que eu aprecio não traduz exatamente o que eu sinto ou o que eu sou.
Apenas podes ver que eu tento tirar a máscara.
Sempre.
Não sou a mesma linguagem
Não quero ser um resumo
Expectativas são desconsideradas
Vivo o meu caminho
Sim, eu te confundo
Justamente para que tu não faças um modelo simples de mim


Tédio

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Tédio, velho amigo nas horas
que não esteves lá, mas
quando esteves?
Crença cega em cadáveres que
se acumulam
Confiança perdida nos amigos
que não fiz
Eu sei que a volta é mais longa,
eu sempre soube!
Estranhos caminhos escolheram
pra mim
deus!
Como eles são felizes
Como eles são melhores
Sempre ganham todas/Sempre
comem todas
Alegria, testemunha fingida
desse mundo que sufoca e
mente

Tédio

Letra: Leonardo Fleck
Música: Blanched
"Ela tem a beleza de uma mulher bonita fora do padrão de beleza. Uma beleza diferente, estranha, que fisga somente alguns poucos mais observadores e sensíveis e merecedores. Pois a beleza mais bonita é a que não é unânime, não é perfeita. E imperfeição não é erro. É o detalhe surpreendente, que faz o coração disparar e a adrenalina subir. É o que faz a obra única, de arte. É humano, é animal, pois o homem é animal (embora ele tenha esquecido e queira esquecer isso, vivendo uma vida quase que completamente artificial, inventada, com toneladas de pré-conceitos imbecis de razão, moralidade e medo, apertadas lá no fundo do organismo de cada um)."(...) Douglas Dickel

segunda-feira, 28 de outubro de 2002

sexta-feira, 25 de outubro de 2002

Somos cada vez menos autênticos. É verdade, e isso falou-me um cara que morreu em 1968. Li o livro dele. (A comunicação "unilateral" funciona mesmo após a morte.) Estou despertando para poder enchergar a crise. Estou sempre em crise, e de uma fase para outra ela sempre está. Cada fase tem um tempo, e não temos paciência, por isso nos frustramos. Não vamos morrer amanhã, e nem hoje, e nem daqui a dez anos. Na verdade, posso morrer daqui a uma hora, mas isso é apenas uma possibilidade. Não adianta querermos aproveitar tudo no mesmo dia, isso é impossível. Devemos saber aproveitar o dia. Sacou a diferença?


Sei que esses meus textos podem fazer "chover no molhado", mas são coisas que não nos damos conta. E qualquer tipo de reflexão que eu faça, escrita faz-me bem contar.
"Você precisa de alguém que te dê segurança"

Vi essa frase numa propaganda da Telefonica. Ecoou na minha cabeça o refrão de uma música da banda Engenheiros do Hawai. Que merda! A mesma banda que tem uma música que diz: "A juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes", e isso me lembra a propaganda da Fanta. Os caras do Jota Quest no comercial do refrigerante, de acordo com esse raciocínio, são a juventude.
Eu quero sexo

Eu quero colo

Eu quero amizade

Eu quero parceria

Eu quero...

Eu...

...
Não sejamos medíocres, todos temos limitações.
"Eu sou eu mesmo, o tempo todo."

quarta-feira, 23 de outubro de 2002

Falando sério:

Hoje, peguei dois livros para ler:

ACEITAÇÃO DE SI MESMO
AS IDADES DA VIDA
Romano Guardini

UMA ÉTICA PARA O NOVO MILÊNIO
Dalai Lama
O primeiro chamou-me atenção pelo fato de que eu sinto nescessidade de refletir sobre quem eu sou, e coisa e tal.
O segundo, é para um trabalho de filosofia, que aliás, serviu para eu pirar um pouco.

Estou precisando dar um mergulho em mim mesmo e analisar meus desejos com calma. Estou muito distraido e sonolento ultimamente. Isso é péssimo. Não consigo prestar atenção nas outras pessoas. Tenho que saber como descansar a minha mente. Andei enfiando os pés pelas mãos, mas não me culpo por isso. Estou calmo novamente. O problema está em aceitar o desejo dos outros. Não devo tentar mudar o desejo dos outros. Cada um tem seus desejos, e direito de tentar suprí-los ou não. Minha interferência pode ser prejudial, portanto, cuidado com o que lê aqui. Falo mais noutro momento, até mais...

terça-feira, 22 de outubro de 2002

OH, descobri o novo site da Blanched, fazia tempo que eu não visitava. E sábado, 26/10/2002, estarão lançando o CD no Tequila Pub em Novo Hamburgo. Eu estarei lá. (Não sei como). Abertura do show será com a banda Lagarto a Vapor (não sei o site agora).

Leia (se quiser):www.blanched.net
mais informações: www.oapanhador.net
Quer me xingar, me elogiar, mandar-me para algum lugar que eu não gostaria de ir, ou gostaria de interagir?
mande e-mail para:
educloss@yahoo.com.br
Sobre Deus:

O ARGUMENTO DO MOVIMENTO:
"primeiro motor móvel"

O ARGUMENTO DAS CAUSAS EFICIENTES:
"ordem das causas" (Deus seria a primeira causa que causou a seqüências das outras causas, dando origem a seqüencia).

O ARGUMENTO DA CONTINGÊNCIA:
"existência de uma coisa contingente a existência de outra" (Deus seria a independência de mais nada, ele só ele, e mais nada pra ele continuar existindo)

O ARGUMENTO DOS GRAUS DE EXCELÊNCIA:
"distinguir o mais perfeito do menos perfeito" (Deus seria o padrão de perfeição)

O ARGUMENTO IDEALIZADOR:
" A natureza como sistema harmonioso, mostrando a intenção de Deus (Universo idealizado -->Deus)

Leia mais no livro:Fique por dentro da filosofia Neil Turbull
O texto que qui estava, foi retirado, porque considerei inadequado. Foi escrito em uma condição de confusão mental. O texto era muito ruim. Sem mais...

Hahahaha! Caralho! Caralho! Hahaha! Puta que pariu! Hahaha! Caralho! Que merda! Puta que o pariu! Hahaha! Que merda, mesmo! Hahaha!!!!...

segunda-feira, 21 de outubro de 2002

Leiam: www.fraude.org
Não, não farei auto-depreciação. Quem não leu o blog nas últimas 4horas, perdeu, porque eu mudei o conteúdo.
Leiam: www.oapanhador.net
"Nietzsche inverteu o sentido tradicional da filosofia, fazendo dela um discurso ao nível da patologia e considerando a doença 'um ponto de vista' sobre a saúde, e vice-versa. (...) as oposições entre Bem e Mal, Verdadeiro e Falso, Doença e Saúde são apenas jogos de superfície. Há uma continuidade . . . entre a doença e a saúde e a diferença entre as duas é apenas de grau (...). A loucura não passa de uma máscara que esconde alguma coisa, esconde um saber fatal e 'demasiado certo'. (...) é a loucura que torna mais plano o caminho para as idéias novas, rompendo os costumes e as superstições veneradas e constituindo uma verdadeira subversão dos valores. (...) Em suma, aos 'filósofos além de bem e mal', aos emissários dos novos valores e da nova moral não resta outro recurso . . . a não ser o de proclamar as novas leis e quebrar o jugo da moralidade, sob o travestimento da loucura." (Marilena Chauí, na parte final do prefácio às Obras Incompletas do Nietzsche.)


Li isso no blog do Douglas, como achei interessante, transcrevi aqui, porque tem pessoas que lêem meu blog e não sabem que o blog dele existe.
leia mais: http://www.douglasdickel.blogspot.com
***
É provável que irão cortar meu telefone.Meu computador está com problemas. Então, não esperem muito mais que esses textos após almoço que eu coloco aqui, falta-me condições para produzir. Mas não serão permanentes essas adversidades, estou tentando colocar os pensamentos em ordem, mas não consigo.
Não estou frustrado. Cuido para que isso não aconteça.
***

Superar problemas, aguentar a dor quando ela vier, interagir com as pessoas.

Esse blog está parecendo livro de auto-ajuda.



Tu és estranha...

Eu gosto disso!

Bah, se tu não falasse comigo aquele dia, não teria gerado toda essa situação.

Calma, não tenha pressa. Não é bem assim...

Não sinta a culpa.

Sentes dor de graça, não tens motivos para sentir a dor.

Eu tentei o equilíbrio, e no momento estou nele.

O problema, é se manter. O problema de qualquer problema, é não transformarmos ele maior do que é.
a: - Hahaha!
b: - Filho da puta!
c: - Puta Merda!
b: - Hahaha!
a: - Puta que o pariu!
c: - Hahaha!

quinta-feira, 17 de outubro de 2002

Isso pode estar certo:
O tempo deveria ser melhor utilizado. O trabalho ocupa muito tempo. Outras coisas da vida ocupam muito tempo. O prazer do descanso, do conforto, da paz, da alegria, de outras coisas que nos fazem felizes deveria ser maior. Mas, apesar das coisas não serem perfeitas, me sinto bem, me sinto feliz. Em busca da harmonia. Estou mudando o sentido das coisas e conversando banalidades importantes até com professores. Estou puxando as coisas para um sentido de realidade não antes explorado. Estou transcendendo. Sei, que será difícil perceber as mudanças pequenas que faço, mas sinto as coisas mudando em mim.

quarta-feira, 16 de outubro de 2002

Idéias em choque. Cuidado!
Circuitos neurais defeituosos?
Pode ser.
Qual a cura disso?
Não sei. Na verdade pode não ter, mas pode ser melhorado, digamos que podes ser feliz, mas não há registro de alguém 100%.
É normal ser fora da realidade?
Na verdade realidade é relativa. Pode ser além dos sentidos das pessoas, e, particularmente, eu acredito que seja.

É interessante ser um idiota e observar os outros idiotas nos outros computadores usando a internet. As expressões das figuras, e eu descrevendo isso, deve ser muita falta de assunto mesmo! Isso aqui eu queria inicialmente que fosse alguma coisa cultural, mas tô vendo que já se tornou pessoal. Isso tá com cara de diário.
Não gostou? Quem disse que é pra tu gostar ou não? Eu por acaso te pago pra ler isso aqui?
Conselho: antes de tomar uma decisão pense bem a respeito, se não chegar a nenhuma conclusão, ou conclusão precipitada. Não tome nenhuma decisão imediatamente, descanse, reflita, assista TV, vá ao cinema, vá dormir ou faça qualquer coisa. Depois, com calma repense e tome uma atitude.

Detalhe: "Se conselho fosse bom, não seria de graça." "O inferno está cheio de boas intenções."
Sexta: o desespero.

Sábado: mais desespero, a ira.

Domingo: a dor.

Segunda: o sofrimento, o descanso.

Terça: a calma.

Quarta: a reflexão, balanço, avaliação.
Olhos indecisos, esse castalho-claro...

...Lembranças da infância...

Por onde anda Lauana?

Por onde anda Andréia?

E antes delas, lembrei da Giovana.

Uma hora você está no "jardim da infância", "pré-escola" e "flash", está depois do almoço no trabalho com um palito na boca teclando num computador.

Qual a primeira lembrança da sua vida?

Essa mancha na irís do meu olho esquerdo parece que vai se transformar em uma segunda pupila...

Olho-me no espelho e pergunto:

- Quem sou eu?

terça-feira, 15 de outubro de 2002

Hehehe! Domingo mergulhei numa garrafa de Bacardi Limon (acho que é esse o nome).
Muito bom o trago, quando adicionamos refrigerante de limão, e mais duas rodelinhas de limão. Tudo isso num "copo de whisky".

Bebi o troço e sai fora do ar, primeiramente comecei a preparar os tragos, depois do terceiro ou quarto copo, dai eu bebia uns goles do Bacardi puro, e depois preparava os tragos dos meus amigos. Meu comportamento já estava começando a se desviar, até roubei um cigarro, acendi, coloquei na boca, dei uma tragada, disse que aquilo era uma merda e dei prum amigo fumar.

Comecei a passar mal, tentei vomitar. Negativo, não foi possível.

Sentei num sofá, braços nos joelhos, cabeça nos braços.

Me disseram que eu levantei, e como um amigo sacana havia amarrado os cadarços dos meus tênis, comecei a pular como um coelho. Cheguei perto de uma caixa de papelão que continha uma antena, olhei pra ela, e voltei para o sofá na mesma posição.

Então eu acordo, pelas tantas da madrugada, olho meus tênis amarrados daquela forma, amarrei-os de maneira correta, o amigo dono da casa me levou para dormir no quarto dele enquanto os outros continuavam bebendo.

Detalhe: não tive dor de cabeça no outro dia, somente cansaço, era um dia muito quente.
Uma musica que eu gosto da banda Los Hermanos:

Sentimental(Rodrigo Amarante)

- O quanto eu te falei que isso vai mudar. Motivo eu nunca dei.
- Você me avisar, me ensinar, falar do que foi pra você, não vai me livrar de viver! Quem é mais sentimental que eu?!!...
- Eu disse e nem assim pôde evitar. De tanto eu te falar você subverteu o que era um sentimento e assim fez dele razão... pra se perder no abismo que é pensar e sentir.

- Ela é mais sentimental que eu!!
- Então fica bem...
- ...se eu sofro um pouco mais.

"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displecentemente. Se ela fosse direta, você a rejeitaria."

- Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
- Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir... e rir.

quinta-feira, 10 de outubro de 2002

Fragmentos para utilização futura...

Sinto paz...
As coisas no universo tendem a harmonia.
Sensação de que o melhor está por vir.
Não, não está tudo bom, mas não me preocupo mais, não mais, pelo menos, como antes, assim, talvez, quem sabe?
Pode ser que não venha, mas o que importa?
Importa estar tranqüilo no meio da tempestade do centro do oceano, mesmo estando sozinho. A alternativa de sobrevivência só pode ser encontrada com calma, deixaremos o desequilíbrio para quando estivermos a salvo.

***

-Eu, e eu?
-Procures encontrar teu caminho.
-Meu caminho?
-Conhece-te a ti mesmo.

***

Não te enganes se tu pensas que sou ruim
Não penses também que sou mau
Apenas me observe
Cuidado
Podes entrar

quarta-feira, 9 de outubro de 2002

Detalhe: esperei a poeira baixar, e já respondi devidamente os e-mails que publiquei. Eu preservo a identidade das pessoas.
TEM PESSOAS QUE LEVAM MUITO A SÉRIO O QUE ESTÁ ESCRITO NESSE ESPAÇO.

E-MAILS RECEBIDOS:

Olá, Eduardo!

Eu não sei quem vc é, nem o que faz e muito menos onde vive. Apenas sou uma pessoa que por um acaso do destino visitou sua página na net.

Devo confessar que achei bastante interessante a idéia de um "diário" on line...mas ao mesmo tempo achei, pelo menos os textos que li, com um caráter meio trágico, cheirando a compaixão e auto piedade!

Tudo bem...eu sei que não li tudo e talvez tenha dado azar de ler os mais depressivos...Todavia, você está vivo! E se está, faça a diferença,,,as vezes mudar a situações é um começo...

As pessoas que convivem com vc, já estão acostumadas com seu modo de ser e eu sei que uma mudança gera receios e reporovações mas as vezes é preciso ir contra tudo que vc acredita ou que os outros esperam de vc. Afinal é a sua vida que está em jogo...e não adianta colocar a culpa na mãe, no vizinho, ou no papa...vc é o que é...e vc fez de tudo pra sua formação ser assim como é hoje...

Cansou de arroz e feijão?

pois bem, a vida te oferece bem mais coisas, é só vc começar a olhar para os lados e seguir um caminho só seu....

Sonhar é bom sim, mas não é suficiente




Olá

Passei 2 horas no teu diário eletrônico. Sinceramente,
o que mais tenho vontade de dizer é: "sem
comentários".

1- Tenha consciência de que o mundo não conspira
contra ti.
2-dê uma importância maior para as coisas boas, e pare
de se lamentar pelas coisas ruins.
3- não são bens materiais que vão te fazer feliz, pode
ter certeza
4- se tu não gosta da faculdade, troca de curso, se tu
não gosta do teu emprego, troca de emprego
5- não aposte toda a sua felicidade em uma coisa só,
tenha uma visão mais abrangente do mundo
6- falta de tempo não é desculpa, no momento que tu
estiveres satisfeito com alguma coisa, tu vai ver que
tu vai ficar com mais vontade de fazer as coisas, e
essa vontade vai fazer o teu tempo se multiplicar.
7-não tente mudar sua forma de encarar a vida por
causa dos "padroes", seja voce mesmo, mas se for essa
a decisão que tu tomar, de ser voce mesmo, não se
deprima ou sinta-se deslocado e diminuido por ter
tomado esta decisão. Resumindo, aceite que você é
diferente e que isso não é ruim.
8-PARE DE RECLAMAR DA VIDA!!!

VAI FAZER PARTE DE UMA SEITA RELIGIOSA OU FAZER
IOGA!!!

Tenho algumas coisas que penso quando nem tudo vai
bem:
"tudo passa, até uva passa"
"se tudo está tão ruim, alegre-se, pois a tendencia é
melhorar"

Interpretação cabe a você. Se achar que este e-mail
não te diz nada, delete-o. Se acha-lo muito semelhante
a um livro de auto-ajuda, mande eu me fuder (como tu
tanto gosta de escrever no teu diário).

Se tomares a decisão de continuar olhando tudo pelo
lado obscuro e sem aceitar ajuda das pessoas, e
resolver que a tua missão na vida é sentir pena de ti
mesmo, vai em frente, pois é tu quem toma as TUAS
decisões

Tchau

Encontrar amigos e não conseguir falar tudo é uma merda.
Ninguém tem mais tempo quando cresce. Pois precisamos gastá-lo para resolver problemas de ordem prioritária da existência, não conseguindo fazer coisas relativamente menos importantes, que na verdade são mais importantes. Contraditório. Não tenho tempo nem de organizar as idéias.

segunda-feira, 7 de outubro de 2002

Estou postando mais no trabalho ultimamente, meu micro de casa está com uns probleminhas, mas eu não reservo tempo para consertar, e também, tenho que pedir ajuda para alguém, pois tenho que guardar os meus arquivos em lugar seguro antes de resolver os abacaxis. Então, como falta tempo, só estou fazendo uns comentários, até banais, talvez. Quando puder, eu começo a produzir, quem sabe, escreverei mais "histórias podres" sei que o pessoal gostou, mandaram e-mails elogiando.

Depois que parei de fumar, me sinto esquisito, não sou mais a mesma pessoa. Tudo parece tão leve... meus pensamentos parecem coerentes, apesar de não serem. Comecei a sonhar. Me sinto mais otimista. Um ser que começa a cuidar da vida. Escolhi "ser", o caminho da vida.

Detalhe: sou confuso, então, não pense que tudo isso é verdade, apesar de ser, pode não ser, pois verdade é relativo. As coisas não são bem descritas, e posso estar me contradizendo também, e posso ser mal interpretado, ou não sei me expressar bem.
Não misture os tragos. Eu misturei, e passei o domingo meio mal do estômago. Tenho que cuidar para comer antes de beber, e não "beber, comer, beber" nessa seqüencia. O correto, para o meu organismo, no caso seria: "comer, dar um tempo para digerir bem, começar a beber".

sexta-feira, 4 de outubro de 2002

Bom dia!

Sonhos me fazem delirar, acordar às 03:00, tudo bem que fui dormir às 19:30, mas acordar àquela hora é demais! Fui dormir novamente às 06:00, depois de assistir um seriado antigo que passa de madrugada, acordei 06:40, tomei um banho na corrida e agora, aqui, vos escrevo. Tô saindo da internet agora, antes que os chefes voltem...

quarta-feira, 2 de outubro de 2002

...

Quantas dúvidas? E o silêncio?
No quê me ajuda o silêncio?
Dói aqui, ó, bem aqui!
...
Dúvidas, dúvidas, perguntas?
A resposta está em fazer mais perguntas?
Ou em tentar respondê-las?
...

O amor está em ver quem realmente é a pessoa, e amá-la sabendo os seus defeitos?
O que me faz perder a fome?

Só o fato de pensar que esteja querendo incluir mais uma pessoa na minha vida, e amá-la.

Aliás, não só perco a fome, como também tenho as mais variadas reações adversas, como ficar questionando:
Vale a pena?
Será que ela quer?
E se não quiser?
E se quiser?
O que vou fazer amanhã?
Estou doente?
Estou louco?
Vamos conversar?
Vai ir adiante?
Vai ficar assim?
Vamos ser amigos?
Estarei vivo amanhã?
Terei tempo?
....

Ou meu estômago está estranho, ou meu cérebro está perturbado gerando umas sensações estranhas na minha barriga, ou estou consumindo muito café, ou existem certos tipos de germes na comida, ou é a água, ou são certos tipos de alimento, ou qualquer outra coisa.
...
Hum, gostaria de personalisar esta página, usar comentários, atalhos para outros sites, inserir fotos e todo esse tipo de coisa. Manda um e-mail, por favor, se tu estiveres interessado(a) em dar uma mãozinha. Eu não tenho tempo de pesquisar "html".
Eu como, fico com sono e esqueço o que iria escrever aqui...

Diálogo:
-Do que tens medo, garota?
-Não sei...

segunda-feira, 30 de setembro de 2002

Diálogo:
-Olha, eu não sei se eu gosto de ti. Eu não te amo.-diz ele
-Tudo bem, agora cala a boca, e vem aqui.-diz ela
Isso me lembra:
"E experimentaram um do outro no colo da manhã." (Morangos Mofados - Caio Fernando Abreu - O cara disse que o amor entre homens cheira a merda, é claro, pois, precisa explicar?)

O cara escrevia bem, foi uma leitura que diferente do que a maioria dos adolescentes estão acostumados.

Era um amor gay, digo, era de um autor gay. É de um livro bom para os filisteus, tecnocratas e filósofos pensarem a respeito.

Diálogo:
-Eu não te quero.-diz ela
-Tudo bem-diz ele
-Não quero te fazer mal. Não quero que tu sofra por minha causa, senão eu vou me sentir mal.
-Não precisa ficar assim por minha causa, já te disse que tudo bem.

Fragmentos de uma explicação racional para os textos acima:
Puta que pariu! Não associe isso com realidade, você pode não entender.
A volta de um passado em pensamento, que tem a ver com realidade de um agora. O tempo que traz consigo a nitidez. Há sempre distorções. Portanto, não há motivo para depressão ou tristeza, e sim para a busca da felicidade.
No contexto da mudança, a interferência na integridade é um fator...
Pense bem antes...

Boa noite, já vou dormir.
Estava pensando nas Alines.
Quantas Alines eu conheci na vida?
Qual Aline gostaria de me ouvir cantar?

Se eu fosse apaixonado por Aline, com
certeza cantaria:



"Aline

(Marcelo Camelo)

Oh, minha menina, és tudo que mais belo existe
Ver tua beleza é esquecer tudo que há de triste
Tua presença, Aline, é tão sublime quanto o mar e o ar
E estar sempre ao teu lado é ser amado
Ter pra sempre o teu olhar
Que faz meu bem-querer, sustenta o meu amor
E faz com que cada dia eu te ame mais...
Sei que a tua boca já beijou a outra que não a minha
Sei que já amou a outros quando não me conhecia
Mesmo assim, Aline, teu carinho me tomou o peito
E hoje sem você não mais consigo ser do mesmo jeito
Então dedico a ti essa canção, tentando em notas dizer
Que eu te amo tanto
Tentando gritar ao mundo
Aline, sem você, confesso, eu não vivo
Sem você minha vida é um castigo
Sem você eu prefiro a solidão
A sete palmos do chão"




Mesmo sendo um ser mais realista, ainda sou otimista, e além disso aprecio romantismo, apesar de não mais o praticar, porque somente dor eu obtive. Não fui entendido, tudo bem, eu sei que fui, ou sou, iludido. E essa história de que as mulheres querem que os homens sejam mais românticos é papo-furado.


sE qUiSeR, Ouça a faixa 12 do primeiro CD da banda LOS HERMANOS.

sexta-feira, 27 de setembro de 2002

Lembrei dos meus amigos Fábio e Erich (eles realmente existem). O Erich tem um carro (Corcel 1976, eu acho). É legal estar no banco de trás vendo os dois dirigindo o carro. O Fábio fica fazendo as marchas (usando as duas mãos para isso) enquanto Erich pisa nos pedais e gira o volante. O sincronismo é perfeito. Acho até que deveriam inventar uma corrida onde ospilotos e os copilotos dirigissem os carros desse jeito.

quinta-feira, 26 de setembro de 2002

Só para lembrar, eu não sou tão depressivo. Eu não sou tão infeliz como parece. Eu só estou preocupado em fazer as pessoas pensarem, e não tenho o propósito de fazer com que tenham pena de mim. Tenho uns pensamentos fora do padrão. Mesmo assim, gosto de receber e-mails com a opinião do pessoal. Eu estou feliz com o meu trabalho, e com a minha vida, de uma maneira em geral.É caro que tenho coisas a melhorar. Té mais, não tenho tempo agora...

domingo, 15 de setembro de 2002


"A PROSTITUIÇÃO D ALMA PARA A MANUTENÇÃO DE SEU LABOR."

"O mundo não se desenvolve sem o capitalismo. Vivemos a triste ilusão de um mundo sem fronteiras e com isso logramos nosso ego, dizendo a ele que somos homens modernos, com uma cultura civilizada, pois somos detentores de um profundo conhecimento, de uma tecnologia que gera máquinas para o nosso melhor “progresso” e que, de certa forma, julgamos dominá-las. No entanto não nos damos o luxo de questionar sobre o que seja esse conhecer, esse modo de inter-ação entre máquina-homem-capital, referência do homem do século XX.Sabemos que conhecemos (não necessariamente o conhecer da função do capitalismo e da modernização-mecanizada) mas não conhecemos as causas de nosso saber e com isso estamos sempre acreditando e dogmatizando novos saberes que a cada dia nos sugestionam a tomada de decisões e ações. Com a globalização, o capitalismo e a era tecnológica, o homem aos poucos vai sendo dispensado das grandes indústrias pois não há mais espaço para o seu serviço braçal, embora toda a estrutura que o cerca tenha surgido de sua força física. Nessa guerra caótica que envolve o homem, principal vítima de seu próprio progresso, surgem fatos a serem considerados como: - a angústia do homem-empregado ao ser excluso do sistema (capitalista), - a invalidez temporária ou permanente desse homem-empregado, seguindo a tradição do sistema (capitalista), pois que aquele que hoje, século XX, não possui um vínculo empregatício com o setor público ou privado, pelas leis frias do capital é considerado um inválido. A própria instituição governamental que deveria dar condições de sustento a esses cidadãos, hoje chamada Previdência Social, que em realidade não age como o seu nome nos sugere pois que, - previdência - , deriva-se de pré-ver, uma certa pré-evidência de fatos que poderiam dar tranqüilidade àqueles que sustentam a dita repartição do governo (os proletários), quando em verdade, distorcem todo o conceito de seu significado. Assim é comum vermos homens, brasileiros, com uma carta na mão atestando o seu estado de inválido pois que em nosso país aquele que não produz bens que geram retorno monetário é assim considerado. - O desvio comportamental do excluso, que aqui poderíamos definir como o surgimento de mais um personagem conceitual em nossa existência - o desempregado. (Por vezes caio em dúvida se devo proceder e insistir tanto nesses assuntos laborativos, pois não sei se isso é de interesse da filosofia - a crítica a tal área - . Penso que sim pois ao meu ver, questões relacionadas a sobre-vivência do homem são as principais responsáveis por sua de-gradação, e também por ser uma questão que envolve toda a banalidade do ser, portanto, devo de quando em quando, lançar todas essas críticas para que um dia possam ser analisadas e discutidas sob o contexto que hoje vivo - a era tecnológica). Esse personagem conceitual - o desempregado - revela a de-cadência do ser em toda a sua plenitude. Somos lançados-no-mundo buscando a razão de nossa abertura a esse mundo e de repente, - o desempregado - perde todo o seu vínculo, as razões que segundo ele, justificam o seu existir. Enclausura-se no âmago de seu ser e restringe-se apenas em pensar através de um conceito pré-existente sobre o que seja a de-cadência humana e assim isola-se de seus con-cidadãos muitas vezes fazendo-se passar por vítima de um sistema medíocre quando em verdade ele próprio contribuiu anos e anos para a expansão desse mesmo sistema. O fato é lamentável e revela parte do - que é o homem? - hoje tão discutido em universidades e círculo filosóficos espalhados pelo globo. O homem é escravo de suas ambições. Uma vítima de sua própria criação lutando (na condição de - o desempregado) com todas as suas forças para manter-se exposto-no-mundo. Tenta em vão adquirir dignidade, honra e tudo isso que o senso-comum classifica de virtudes, porém todas as suas virtudes ficaram retidas em alguma organização da qual subordinou-se por quase toda a sua existência. Esse fato é extremamente importante de ser analisado e re-visado por quantas vezes forem necessárias. A enclausura do ser, pode estar co-relacionada a vínculos laborativos-monetários. Esse sistema sombrio que ronda a existência humana é um grande transformador das questões geográficas do planeta e também das questões emocionais provindas de um desgaste mental. Se por um lado o sistema laborativo causa danos aos que dele se excluem, por outro, o dano causado aos que ainda se aventuram nas águas revoltas desse sistema capitalista também se faz imanente as causas, ou seja, aqueles que ainda se mantém em seus empregos, em seus postos de exploração vêem-se na obrigação de suprir a falta do companheiro excluso e assim entregam toda a sua-existência a essa máquina aniquiladora, deus monoteísta do homem moderno que exige almas em seu sacrifício - o deus capital. Esses que mantém-se no sistema laborativo capitalista, aceitam toda uma série de imposições, de cobranças sociais, fatos, exigências de toda espécie para a manutenção de seu labor gerando assim situações de ridicularidade, pois estranhamente modificam sua atitude mental e adotam a postura de um “personagem conceitual”, alguém que o identifique na sua frenética corrida pelo capital. A aquisição de uma personalidade que aja em função de um conceito deixa o homem perturbado, sem personalidade própria. Transforma-se num objeto, uma peça apenas de um jogo sujo e ambicioso em que uma minoria mandatária escraviza e monopoliza essas pobres almas. O homem passa então a prostituir-se vendendo seu corpo, seu pensamento e seu modo de agir a terceiros que apenas querem que produza resultados. O homem moderno é um construtor quantitativo, para ele tudo deve ser representado por números que possam trazer como resultado, outros números, novas possibilidades e toda a existência pelos números. E há nesse contexto, seus paradoxos como por exemplo - quando o número for revertido ao deus capital deverá ser extremamente grande, exagerado, potência máxima de seu limite - a isso chamam de lucro. Quando porém os números vêm do deus capital, (o que poderíamos chamar de graças), as graças que ele nos proporciona é sempre menor do que os louvores que o rendemos. Numa situação corriqueira, como numa empresa, a obsessão pelos números é tão grande que todos os homens que nesses locais labutam são apenas representações de quantidades em números. Perdeu-se com o decorrer do processo industrial, a identidade, a personalidade humana pois agora o homem a vende na forma-de-prostituir-se. É comum então vermos nas grandes empresas os funcionários serem tratados na prática como números. Temos em grandes organizações um número de registro, uma matrícula que identifique seus funcionários. Onde antes existia um ser humano chamado José, hoje existe um número que poderá ser substituído e eternizado dentro dessas organizações. Mesmo aqueles que conseguiram uma melhor posição, um cargo que represente superioridade perante os outros, não passa de um número dentro dessas organizações. Na contagem de seus funcionários as empresas jamais utilizam um organograma em que apareçam os nomes de seus colaboradores. O que vemos é sempre a indicação de números que ocupam determinados cargos. Ao invés de termos a indicação de fulano - presidente, beltrano - ajudante ou ciclano vendedor, temos - presidente = 01, ajudante = 60 (além de beltrano ser um número ele não tem nem ao menos o privilégio de saber que posição ocupa entre os 60 ajudantes) vendedores = 10 e assim prosseguindo até os mais baixos cargos (baixos cargos sob a ótica dos administradores de empresas pois para mim, enquanto ser-e-filósofo, todos os cargos são de igual importância, aliás a bem da verdade, meu sincero desejo seria aniquilar essa estrutura trabalhista medíocre que o homem atual se subordina). Nota-se que independente da posição ocupada, o ato de prostituir-se se faz presente em todos os homens que fazem do capital seu único sentido de vida. A prostituição da alma para a manutenção do labor consiste portanto nessa “venda” de caráter, personalidade e do próprio corpo ao chamado capitalismo. Vê-se, num processo de de-cadência, o homem limitando seu pensar, negando-se a seguir outros caminhos por ser escravo do dinheiro que o compra. O atual homem é pago para calar-se e agir pela vontade de quem o sustenta. Temos, nesse lamentável quadro as várias formas de prostituição: - é comum encontrarmos mães que abandonam seus filhos aos cuidados de terceiros (também prostitutos da alma) pondo o capital e seus reflexos em primeiro plano, homens que em seu lar são tidos como homem duros, sem temor algum e que diante daqueles que o sustentam adquirem uma postura, um modo de agir totalmente adverso daquele quando longe do trabalho. Esses mesmos que atacam as verdadeiras prostitutas o fazem de modo inconsciente, pois assim agindo tentam curar suas feridas por saberem que são idênticos à elas. O fazem de maneira a transferir responsabilidades, culpas, remorsos, pois essa sociedade que me desgasta com tantos infortúnios rotula sempre uma categoria para arcar com os seus dissabores morais e éticos. Há sempre um determinado grupo que represente determinada categoria que servirá de exemplo de má conduta, de atitudes imorais perante essa hipócrita sociedade que se ofusca pelos próprios argumentos. O homem haverá sempre de transferir suas culpas, pois considera-se apenas vítima do mundo, dependendo desse sistema para que possa dar continuidade à sua existência. Apenas como exemplo de transferência de responsabilidades citarei um caso, provindo de experiência própria: Certa feita encontrava-me em discussão sobre sociedade com um meu amigo e disse a este sobre a minha insatisfação com a sociedade, seus meios e seus fins, e a de-cadência humana pelo dinheiro. A resposta que obtive desse amigo, para minha surpresa foi a seguinte: “É fácil resolver o seu problema. Mude-se para o Amazonas. Vá viver numa comunidade indígena em meio a floresta amazônica que lá, certamente, você não precisará de dinheiro”. Refleti alguns segundos e tornei a ele dizendo que meu problema não era com os índios, pois estes já estavam civilizados, mas sim com o homem-máquina. Ilustro essa passagem apenas para que se possa perceber a morbidez do ser humano quando ameaçamos mexer em suas tradições. Para o referido amigo do exemplo, mais fácil seria eliminar do meio ao qual está inserido, aquele que questiona seu modo-de-ser-no-mundo. Mais prático para ele é manter-se na inércia, na aceitação e no comodismo do seu medíocre-modo-de-existir-e-ser-no-mundo do que parar por alguns instantes em sua curta vida para pensar sobre o sentido de sua existência, aliás o que os índios poderiam lhe proporcionar de valor para a continuidade de seu prostituir-se?"

Leia o original com figurinhas, além de outros textos interessantes do mesmo autor em:
Filosofia brasileira ao alcance de todos - Austrus Barus http://www.austrus.hpg.ig.com.br
Eu tô ficando louco, talvez seja hora de procurar um tratamento. Cada vez eu piro mais. Hrrr! Não aguento a dor da solidão. Sou muito reservado, e tenho medo que alguém esculhambe o meu mundinho. Compartilhar segurança, confiança, interesses, sexo, amor é o que preciso. Problema: com quem?

sábado, 14 de setembro de 2002

Este não é o meu pensamento, mas tem a ver com alguma coisa que vocês talvez saibam o que é...


Cansei dessa droga de vida, qual é o meu lucro desse investimento? Eu tô louco pra fudê! Não quero mais saber de ser um ser moral. Aquele que sempre tem alguma razão em dizer alguma coisa. Aquele que se priva de diversão e de falar mal dos outros sem olhar pro próprio rabo. Aquele tipo de filho da puta que luta por um ideal. Eu, definitivamente sou um infeliz. Eu não quero o que eu tenho, eu não me amo. Sou um ser que tenta mudar algo para melhor, e vejo somente meus esforços fracassarem, porque não acreditam nas minhas idéias. Sei que tem gente muito boa na praça, mas não adianta, o povo tem mais é que se fuder mesmo e eu mais ainda. De que serviram os meus planos mirabolantes, de que serviu a minha pobre arte, de que serviu os meus inúmeros esforços. Sou desprezado porque não possuo bens, ou dinheiro, ou sexo, ou carro, ou moto, ou casa, ou qualquer tipo de coisa que faça os outros me olharem como um ser forte. Para as pessoas não importa o meu romantismo ou meus sonhos. E se tu me achas aquele ser que se queixa da vida e que se acha coitadinho, vai se fudê! Estou mudando minha postura, vou ser competitivo, chega de ser bonzinho. Vou criar aquelas relações artificiais de amizade. Vou criar pretexto para ganhar dinheiro. Vou trepar com qualquer mulher que aparecer na frente. Vou esquecer os meus critérios, afinal de contas já perdi muita mulher só porque elas eram fúteis, nada a ver comigo e outras coisas. O que importa é sexo! Sou homem e terei que agir como tal! Vou acabar como tantos e me enquadrar no padrão "generalista-generalizador". Infelizmente é assim que as coisas funcionam: “Exploração do homem pelo homem”. Hoje sou um ser explorado, amanhã, o explorador. Vinde a mim a inteligência, para com ela dominar novas mentes, as quais trarão o meu conforto. Serei uma espécie de demônio aprisionado. Cuidado! Não vire as costas! Serei covarde, usarei golpes baixos, e bato em quem não sabe se defender. É para isso que estou aqui. E não para ser aquilo que sempre quis: um cara legal, um amigo, uma boa pessoa, um homem culto. Minha cultura se resumirá a grana e o que eu posso fazer com ela. Confesso que irei chorar, nessas horas lembrarei de vocês que foram meus amigos e de como era bom. Não tenho tempo agora, tempo é dinheiro, o recesso acabou. Sigam os seus caminhos e sejam felizes, porque eu não sou. O meu mundo material me espera e com ele as contas a pagar.

segunda-feira, 2 de setembro de 2002

Esclarecimentos:

Algumas histórias que conto aqui tem conteúdo auto-biográfico, mesmo nesses casos, alguns fatos não são descritos exatamente conforme ocorreram na realidade. Ou seja, são apenas coisas baseadas em fatos reais. Outras coisas eu invento. Isso pode não parecer criativo, mas é a maneira mais interessante que eu encontro para escrever.

domingo, 1 de setembro de 2002

To com uma gripe... Vou dormir. Estive descansando no dia de hoje e meu corpo dói. Vou dormir porque amanhã é dia de trabalho. Não aguento mais ficar na frente desse computador. Doenças como a gripe causam grande desconforto. Té mais.

quinta-feira, 29 de agosto de 2002

De: Eduardo Closs
Enviada em: quarta-feira, 28 de agosto de 2002
Para: Cintia
Assunto: Bom dia!

Buenas, qual a boa dia?

Cada amanhecer é a renovação. É a marca do início de uma nova esperança. Enquanto trabalhamos, realizamos, idealizamos e fazemos mais e mais coisas tornando o complexo de nossas vidas algo muito grande, tão grande que cheguei a me perder...

Por favor, não esqueça de responder, é muito importante saber o que tu pensas a respeito disso.

Duda

Resposta:
Eu penso que poderia, ainda estar domindo presa nos braços aconchegantes de minha cama...
Penso também que há um excesso de luz a ferir os olhos meus (as manhãs são claras demais).
Em muitas manhãs sinto que ainda sonho e no sonho sonhado imagino estar em um pesadelo...
As claras e ensolaradas manhãs tentam me fazer acreditar que nasci de óculos!!! E NÃO, definitivamente eu não nasci de óculos!
E o pior de tudo é atravessar este martírio sem uma gota do mágico e idolatrado néctar. Mais uma vez o líquido que percorre nossas veias a partir de nossas bocas está em falta.
Sinto minhas forças esvaindo-se por meus dedos, cujas unnhas não foram feitas esta semana....

quarta-feira, 28 de agosto de 2002

segunda-feira, 26 de agosto de 2002

quinta-feira, 22 de agosto de 2002

AMIGO, E O MEU LIVRO?
Um amigo foi pra São Paulo na segunda-feira. Ele morará lá. E levou um livro meu junto. Vou ter que pedir pra ele me mandar o livro de volta, ou esperar ele voltar com o livro. Na primeira circunstância, vou ter que pedir o endereço e o telefone do cara por e-mail. Quanto ao resto, pouca coisa. O trabalho continua, e não tenho mais tempo pra nada, to escrevendo isso com um puta sono. Não fumo mais, não tomo mais tanto café, e to quase caindo. Almoço fode o cara, apesar de alimentar. O pessoal na internet. Que vida! Mas era isso.

GRANDES PRESENÇAS INUSITADAS
Fui comer xis e beber ceva na segunda, e duas figuras me encontram, tomamos mais duas. Um dos caras vai embora mais cedo, eu e o outro cara depois. Daí depois eu vou sozinho para o paradão pegar o busão. Então, o maior fã do meu blog me encontra e dá uma carona até em casa.

domingo, 18 de agosto de 2002

Não sou um cara mau, mas o ser humano também pode ter um olhar cru.

Fique pelado(a) na frente de um espelho. Aprecie o seu corpo e seus defeitos. Não tenha vergonha de ser torto (torta). Faça sexo com luz, aprecie o corpo do(a) parceiro(a). O mundo não é perfeito, e ninguém se enquadra no conceito "padrão". Não quero dizer que as pessoas tenham que deixar de se cuidar, mas que não se preocupem em não ter o que a mídia diz que é certo.

Querem vender, e vendem. Investigam os seus desejos e criam coisas para você consumir.

Empurram coisas e você aceita.

Pense em quem você é.

Quem és tu?

Quais seus verdadeiros desejos?

Que fazes da vida?

Estás certo que é isso que vale a pena?
A tarde


Ah, tarde

O sol bate

O cachorro late


Sento na calçada

Olho pra estrada

Dou uma bocejada


Sono

Com mais um "h"

Sonho


A ressaca pós almoço

O cachorro agora rói o osso

E a vizinha me chama moço


E vivo a banalidade

Apesar da pouca idade

Boa tarde e felicidade

quinta-feira, 15 de agosto de 2002

Como disse amigo meu: "Está nas entrelinhas."

****

Não existimos só e tu tens que ter consciência disso.

Se alguém souber do que estou falando, por favor me avise.

****

Aquele cara puritano foi convertido em um ser depravado, pervertido.

O lacre é corrompido, então há a perda da inocência.

Isso tudo é tão normal.

****

Alguém acredita no amor?

Alguém admite que Deus não existe?

Alguém tem medo?

Alguém se importa?

****

Coisas tristes e felizes fazem o meu ser divagar e divagar

Devagar... não entendo da vida, não há nada a entender.

Estudo é um exercício para o cérebro.

Isso faz com que as pessoas pensem que sabem alguma coisa.

Saber não é saber.

Saber é saber somente referente à alguma coisa.

segunda-feira, 12 de agosto de 2002

Fui primeiro na mais baixinha.

Estava me esfregando na bunda dela.

Ela era a primeira pessoa na frente do palco, e eu atrás.

Ela afastou umas 3 vezes o meu corpo do corpo dela.

Então comecei a me esfregar na amiga dela, que estava bem ao lado.

A amiga dela gostou.

Fiquei naquela putaria até terminar o show.

As duas me pediram fogo pra fumar e eu dei.

Nem perguntei o nome delas, era inutil, eu não pretendia votar aquele lugar desconhecido. Meus amigos estavam comigo e eu de carona com um deles, na condição de forasteiro resolvi não passar daquele ponto.

Homem não presta? E as mulheres?

Cheguei logo direto esfregando o pinto naquela bunda.

Ela rebolava e eu aconpanhava.

A circulação de sangue fez encher, o tecido, a cartilagem começou a se modificar.

Ela deve ter notado algo diferente e, mesmo assim, continuava rebolando e em nenhum momento quis me afastar do seu corpo.

O negócio foi bom, mas não quis investir. Podia ter até rolado um sexo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2002

Norte

Minha vida parecia sem sentido.

Agora ela está indo para algum lugar.

Estou começamdo a ver o NORTE.

A bússula começa a apontar certo.

O ponteiro parou de girar.

É hora de seguir em frente.

Mesmo que não se saiba ao certo onde isso vai dar.

Fase boa

Estou bem tranqüilo, no que diz respeito ao trabalho. O astral dentro da empresa é bom, isso faz-me ter menos estress.

Só para ocupar espaço

Que sono...

Dormir pouco não é muito legal.

Desculpem por não escrever coisas interessantes, mas não tenho muito o que escrever mesmo. No momento só estou fazendo isso para matar tempo até voltar às obrigações.

segunda-feira, 5 de agosto de 2002

Pequenas coisas tristes:

Seu irmão é assaltado no centro da cidade, o ladrão leva o sobretudo dele, mas devolve a carteira com os documentos, 7reais e o cigarro que estavam dentro do casaco.

Ligar para uma garota esperando fazer um sexo, e na hora ela não pode ir.

Ir pegar a sua roupa na lavanderia e constatar que trocaram com outro cliente.

Ir comprar aquela jaqueta cobiçada e não tem o seu número.

Seu melhor amigo com o carro, atropela o seu celular.

Isso é o resumo da parte ruim do final de semana.

sexta-feira, 2 de agosto de 2002

Olá, alguém está lendo?
Peço desculpas por não ter escrito ultimamente, estou trabalhando agora, vou tentar ler mais sobre filosofia. Logo mais estarei filosofando nesse blog. Não estou dando prazo e nenhuma certeza, pois só existe o agora, o antes já passou e o que virá ninguém sabe...
Obrigado a todos, em especial às pessoas que entram em contato comigo.

terça-feira, 16 de julho de 2002


Obs.: sexta-feira bebi umas a mais, tava meio fora da casinha

não amo ninguém, apesar de coisas que andam acontecendo...

Por favor não fique triste, nunca digo que amo quem não amo.

Não quero mentir.

Sejamos sinceros.


Té mais.
Então...
Vou escrever sobre o quê?
Sobre nada.
Não sei mais o que escrever neste blog. Não há mais como. Não sei mais o que fazer. Comecei e não consigo postar mais nada. Não acho mais nada interessante para colocar. Tenho que ler mais. Não quero ficar dando voltas no mesmo assunto.
Todo verão surge inspiração.
Todo inverno a depressão.
A cada dois anos o desemprego.
A todo instante o desespero. A alegria. A nostalgia.
Versos tolos sim. Infantilidade.
Bobeiras e merdas. Bebedeiras.

Falta de consideração pelas pessoas.

Não sei administrar sentimentos, vou me esconder atrás do casco.
Tem dias que sou invisível. É ruim isto, porque tem dias que eu quero ser visto.

Fugir.
Me esconder.
Não, agora vou fazer você me odiar.
Eu tenho medo.
Agora.
Bom senso? O que é isso?
Pesadelo

Sonhei com um tipo de demônio que me atormentava. Era um ser vermelho, tipo um diabinho. Ele se multiplicava, existiam vários deles, me atormentavam com suas vozes diabólicas. Os grunhidos de animais morrendo, carne e sangue por todos os lados. Eu agonizava, a dor infinita, o medo. Queria me livrar morrendo de uma vez, mas não conseguia. Daí pedi ajuda a Deus, e simplesmente acordei. Apesar de não querer acreditar em Deus, quando a coisa aperta é a essa figura invisível a quem recorro. Isso deve ser porque desde pequeno fui educado para acreditar nisso. Conforme dizem alguns psicólogos, muita coisa que vivemos até os sete anos de idade nos acompanharão para o resto de nossas vidas. Não há como fugir completamente do que nos foi ensinado como verdade. Conforme crescemos começamos a questionar várias coisas: coelhinho da páscoa, papai Noel, mula sem cabeça... Deus, provavelmente fantasia. Criamos ídolos, talvez um cara que tenha algum talento especial seja o seu. Isso deve ser por causa da incompetência do ser humano acreditar na verdade, uma delas é de que depois da morte estamos fudidos, não existimos mais. Outra é que aquilo que não podemos explicar não podemos explicar e pronto. O negócio é estudar para saber um pouco mais e deixar para as próximas gerações, eles que se virem.


Perigo

Conhecimento é uma coisa perigosa, porque quanto mais você sabe, mais poder você tem, mais dinheiro pode conseguir. A maior parte das pessoas, num país como esse, tem pouco estudo. Logo, a maioria é pobre. Detalhe, para quem tem menos, o acesso ao conhecimento deve ser difícil, porque quem tem mais não quer repartir o bolo. Daí as universidades públicas são mais concorridas, e o pobre que fez aquele segundo grau num precário colégio estadual vai concorrer com aquele que estudou no particular, que tinha todas as condições. Se o pobre passar, tomara que ele more perto da universidade e que seus pais possam ajudá-lo a se sustentar, senão tá fudido. Quem não passa na Federal, pode fazer como eu, 23 anos nas costas, trabalhando de dia para pagar a universidade particular de noite. Faltam só mais 9 semestres!

terça-feira, 2 de julho de 2002

O Brasil é Penta, grande merda.

Psicoenergia Destrutiva

Vivo em um ambiente cheio de pessoas frustradas que enviam seus impulsos destrutivos. Eu mesmo não consigo ser otimista, a maioria das notícias só é boa, quando trata de coisa ruim. (Se não acredita, assista o JN).
Porque não sou filósofo? Pois só sei filosofar se estou triste, amargurado, deprimido, frustrado. Talvez seja o efeito de olhar para o mundo e não se sentir parte dele. A introversão que me aquieta é a mesma que me faz pensar. Tento equilibrar interno com o externo. A busca pelo equilíbrio só faz eu ficar em cima do muro. Nada na vida é para sempre. Sempre existe o fim.
Porque a felicidade não acontece comigo. Serei covarde, ou não sei lutar. Ou lutei e perdi a vida, o que vivo é o castigo da perda. Perdi oportunidades, ou elas não vieram.
A imposição deve vir na hora certa, é o bote, o pulo do gato, o ataque. Atacar na hora errada é pior que ficar na defesa, é o tiro no escuro.
Não sei viver, o pior de tudo é que não me ama. Não amará quem não sabe amar. Aquele que se castiga e acha que não merece nada. A busca pelo isolamento é lamentável.

domingo, 23 de junho de 2002

Eu disse à algumas pessoas que continuaria escrevendo Histórias Podres. Talvez não escreva algumas coisas que disse que iria escrever. Tô pensando ainda.

Estou querendo escrever mais, porém não consigo. Estou usando meu tempo para ler alguma coisa. Enquanto leio, não produzo.

Escrever é como tecer. As letras, as palavras, os textos que vem um após o outro formam uma teia onde grudam os olhos do leitor.
Amanhã terei coisas a fazer.

quarta-feira, 19 de junho de 2002

Advertência

Não alimente ilusões, saiba onde está pisando.

Domingo foi legal.

Uma garota me emprestou um livro para que eu leia e comece a acreditar: 1- em Deus; 2- que a vida faz sentido; 3- suicídio não é solução. Sei que ela vai ler isso, mas o livro parece coisa de crente. Mesmo assim, eu tô lendo. Estou na página 52 das 191.

Terça recebi boas notícias.

Quarta tenho problemas a resolver pela manhã, por isso tô indo durmi. Não sei quando volto. Vou tentar escrever mais.
17/06/2002
Fui ver Los Hermanos no Manara em Porto Alegre, cumprimentei o vocalista da banda. Os caras parecem ser gente boa. Gostei do Show. Não tocaram Ana Júlia. Lamentei o fato de não conseguir comprar o CD da banda na saída. Não tinha mais, venderam tudo por 15pila cada.

Rascunho de dissertação sobre DROGAS

Drogas ilícitas são o assunto do momento, ou melhor, sempre foram desde alguns anos atrás até agora. Não ouvia falar muito nisso, também não pesquisei muito a respeito. Porém, apesar desse fato, tenho uma opinião sobre esse problema.
O povão das favelas não tem dinheiro e vive com dificuldades. O governo não ajuda, a sociedade não faz nada, aliás, até ajuda a excluir as pobres almas carentes. É sabido que quando o ser humano se sente recuado é capaz de qualquer coisa para sobreviver. Então, sob essas condições, acontece o fornecimento de mão de obra para o tráfico.
O consumidor do produto pode ser de qualquer ponto da pirâmide social. Quando pobre, ou classe média, este se transforma até em bandido para sustentar o vício. Em número reduzido, ocorre o mesmo no topo da sociedade, onde o consumidor tem melhores condições financeiras.
Droga, sob certo ponto de vista, é um bom negócio, pois não paga imposto, tem um grande mercado consumidor, o qual aumenta. Isso se dá progressivamente, pois para sentir o mesmo efeito das primeiras vezes, o usuário tem que aumentar a dose.
Como é que um negócio desses cresceu tanto nos últimos anos? Tem alguma coisa errada aí. Está certo que os malucos estão soltos por aí querendo dar uma cheiradinha ou uma fumada. A questão é que por trás disso, existem assassinos, empresários e governantes. Sei que não nasci ontem, apesar de uma mente otimista e utópica, a coisa não é fácil de resolver.


quinta-feira, 6 de junho de 2002

Gosto quando gostam do que eu escrevo, pois é sempre bom receber elogios.
Escrevo porque gosto, e agora me sinto responsável por escrever, porque
tem sempre alguém para ler. Leiam, espero que gostem. Estou pensando em
como vou contar mais coisas. Mas agora tá chegando final de semestre e
estou preocupado com a escola. Dentre outras coisas, tenho que conseguir
um emprego logo, porque cursar faculdade depende do meu dinheiro. Estão
difíceis as coisas para mim, tenho que dar um jeito. Estou pensando em
reservar um tempo fixo, como por exemplo, todo sábado à tarde, para es-
crever no blog. Se isso se concretizar, toda a semana haverá, com certeza
alguma coisa nova para vocês lerem.

Aviso:
Gostaria de avisar o pessoal que me liga pro meu celular, que nem sem-
pre poderei atendê-los bem. Tenho alguns compromissos e coisas que ocu-
pam meus pensamentos enquanto atendo o telefone. Isso, além de outras
coisas, pode fazer com que eu fale algumas besteiras, ou atenda com um
certo desânimo, ou com uma certa euforia. Nem sempre pareço a mesma
pessoa no telefone. Peço desculpas a qualquer pessoa que tenha ligado
para meu número e não tenha sido bem atendida. Vocês sabem quem são.

P.S.: É que ás vezes não dá. Tem dias que eu tô atucanado. Tem horas
que tô calmo. Tem coisas... e... mais coisas. Entende?


Pois é, lembre-se: educloss@yahoo.com.br

Obrigado, mesmo assim gosto de receber ligações inusitadas.

segunda-feira, 27 de maio de 2002

Gostaria de mencionar apenas que certos leitores dos meus textos poderão se chocar com a forma de linguagem que utilizo em certos textos. Não censurei certas coisas, porque não teriam o mesmo efeito. Mensionei nomes de estabelecimentos comerciais da cidade de Novo Hamburgo, lugar onde moro. Minha intenção, com isso, é mostrar o cenário onde as histórias acontecem - como se as mesmas fossem reais. Se alguém não gostar, por favor, entre em contato.

domingo, 26 de maio de 2002

Histórias Podres



Happy End


Os dois caras, antes de sair para qualquer lugar, iam sempre comer xis e beber ceva.
Mosquito e Farinha, respectivamente com 15 e 17 anos, certa vez, decidiram curtir a noite de uma sexta-feira. Eram meados de 1994, os dois iriam entrar no Happy End, uma casa noturna para dançar, beber, e se divertir. Pois bem, entraram.
Farinha, mais baixo, magro, cabelo padrão usava roupas padrão (camisa, calça, sapato). Mosquito, alto, magro, cabeludo vestia uma jaqueta jeans desbotada, calça jeans, camiseta do Iron Maiden e um tênis preto.
Mosquito estava na fase de recém fumante, estava no começo do vício. Farinha dava as suas tragadas de vez em quando, mas não viciou no cigarro.
Novo Hamburgo estava vazia, aquela era atípica noite de sexta-feira, o local não estava lotado como sempre, vários casais dançando na pista de dança. Poucas mulheres solteiras. Os dois estavam fudidos, sabendo do fracasso inevitável, começaram a beber. E dê lhe ceva. Observação: Como é que deixaram dois guri de menor entrar? Pela lei isso não é permitido, mas os caras não queriam saber, pagando qualquer um entra. Os dois eram fisicamente privilegiados, isso também é um fator a se considerar.
Os dois estavam bêbados e a imaturidade começou a se manifestar:
- Cara, tava pensando numa coisa...
- Que coisa? - perguntou Farinha
- Que que tu acha da gente dar uma banda lá na pista e passa a mão na bunda daquelas guria?
- Mosquito, sabe que é uma boa idéia?
- Vamo lá?
- Vamo.
Então Farinha foi na frente. Os dois estavam se fazendo de louco e dançavam, chegaram em algumas minas e não faturaram. Farinha começou passando a mão de leve numa bunda. Mosquito observou que não havia ocorrido reação negativa daquele fato ter acontecido sem a devida autorização da dona da bunda, e seguiu o exemplo do amigo. Farinha começou a se entusiasmar, e cada vez que passa perto da bunda de alguma mina, ele começava a passar a mão cada vez mais forte, apertando aquilo com gosto. Mosquito concluiu que devia parar, aquilo estava ficando perigoso, e pensou que não era legal passar a mão na bunda das minas. Farinha, bêbado demais para pensar, viu a melhor bunda da festa na sua frente, não resistiu, enfiou a mão bem no fundo, deve Ter passado a mão lá na buceta da guria e puxou passando pelas nádegas. A guria chegou até a levantar quando o fato ocorria. Mosquito chegou para Farinha e falou:
- Cara, passar a mão na bunda das guria não é legal, elas não gostam. Se agente tivesse ficado com alguma garota, ou isso fosse uma zona, tudo bem. Bah, que merda que agente fez?
- É, vamo bebê.
Subiram até os camarotes, onde não haviam mesas reservadas, pegaram uma mesa vazia, uma cerveja e dois copos. Começaram a comentar os fatos:
- Sabe que tinha umas que até gostavam quando eu passava a mão?
- Pior que é – disse Farinha – mas tinham outras que não gostaram muito. Tu viu a última que eu enterrei a mão?
- Vi, e sabe duma coisa, essa não gostou, mas ela tinha uma “senhora bunda”.
- Que bunda, essa mão aqui é que sabe!
Enquanto isso, a dona da “senhora bunda” relata os fatos ao namorado, que mijava enquanto sua namorada levava uma mão no rabo. Este indignado pergunta:
- Tu viu onde esse cara foi?
- Ele subiu lá em cima com um cabeludo.
O namorado da garota virou macho. Pegou a garota:
- Me mostra quem é o cara, que ele vai ver o que é bom!
Chegando na frente da mesa o macho começou a apertar. Viu Mosquito com os cabelos soltos na cara, um cigarrinho na boca, a maior pinta de marginal atirado naquele camarote. Do outro lado da mesa, Farinha, com aquela cara de normal.
Então, após um vacilo, o cara relativamente cagado estava com a sua situação complicada. Ele tinha que tomar alguma atitude. Chegou para o Farinha:
- O cara, tu que passou a mão na minha guria?
- Sim.
- É mas ela não gostou, sabia?
- Não.
- Eu só não te quebro a cara, por causa da minha mina.
Mosquito, ciente da situação, já olhava a garrafa de cerveja como uma arma. Tá certo que eles estavam errados, mas jamais deixaria o amigo apanhar.
- Ah, é? Tá certo então. – respondeu como se tivesse sangue de barata.
- E não faz mais isso, tá ligado. Isso vai ficar na mente.
- Pode crê.- deu uns tapinhas no ombro do cara, como se fosse amigo dele.
O cara ficou encarando ao mesmo tempo em que ia saindo devagarinho.
- Que foi que o cara disse? – perguntou Mosquito.
- Ah, ele veio tirar satisfação, mas eu acho que ele apertou quando viu que não podia. O cara veio se fazer de macho pra guria.
- É um cagado, porque ele não te bateu? Se fosse macho mesmo, ele te batia e não tava nem ai.
- Eu sei que podia com o cara, mas ele tava com a razão.
- Pra mim não interessa, se eu visse tu apanhando ia voar essa garrafa na cabeça do magrão.
Mosquito, acendeu mais um cigarro, faziam uma pausa. Olhavam as pessoas dançando lá embaixo. Não havia o que fazer naquele lugar. Eles já haviam queimado o filme com rolo e tudo. Farinha tomou o resto da cerveja. Decidiram ir embora. Foram até o paradão esperar o primeiro ônibus. Ao chegar no local deitaram nos bancos.
Mosquito sentiu necessidade de cagar. Ele havia comido antes de sair de casa, depois, comeu mais um xis. Com toda aquela caminhada, barriga cheia, o processo da digestão:
- Bah, to cuma vontadi di cagá!
- Vai no banheiro público - falou Farinha.
- Não dá tempo, e papel.
- Papel tem ali.
- Essas folha de propaganda de curso de sei lá o quê nesses banco. Vo pegá isso aqui mesmo.
Mosquito olhou para uma rua perpendicular ao paradão e foi. Viu uma garagem dum prédio, o local estava escuro. Chegando lá arriou as calças e cagou na frente do portão da saída de veículos. Limpou o cu e jogou o papel cagado em cima da merda. Farinha, na mesma rua, dava uma mijada num muro enquanto vigiava para ver se ninguém iria pegar o amigo no flagra. Nada aconteceu; voltaram ao paradão. Ao amanhecer, a brigada militar passou pelo local encarando. Só os dois atirados nos bancos. O ônibus chegou e foram embora.


Aniversário da vovó

Mosquito (20) encontrou o primo Bergamota (21) no aniversário da vovó. A festa ocorria na Sociedade Fraternal, ali perto da Sinoscar de Novo Hamburgo. Era Sábado. Depois de ter comido, posado para as fotos junto com os primos, batido uns papos com os tios e aquela coisa toda de aniversário. Bergamota sugere a Mosquito, que os dois deveriam dar umas voltas. Mosquito topou. Bergamota pegou a fiorino da firma da mãe dele. Os dois saíram.
Bergamota falava as novidades:
- Comi uma mina lá na praia. Muito gostosa...blá, blá, blá.
- Vamo tomá uma ceva?
- Cerveja boa é cerveja cara! Vamo lá no valão.
Os dois foram pro Candieiro, um puteiro perto da Fenac, na Nações Unidas.
Chegando lá sentaram numa mesa. Duas prostitutas sentaram ao lado dos dois.
Mosquito estava com uma moreninha coxuda e peituda. A outra puta era mais velha e estava do lado de Bergamota. A moreninha chegou e colocou uma das pernas no colo do Mosquito. Este já abraçou com o braço esquerdo, enquanto o direito já apalpava os peitos. A puta velha queria ceva. 10 pila, três latinha.
Ficaram conversando, enquanto isso, bergamota olhava admirado o primo que tentava enfiar a mão na buceta da mulher, mas não conseguia porque ela pegava a mão dele e afastava. Isso de ser uma técnica de puta, ou seja, deixar passar a mão nos peitos, na bunda, nas coxas, dar umas lambidinhas no ouvido do cliente de vez em quando, além de dar risadinhas, chamar de meu amor, dançar esfregando a bunda no pau do cara, sem tirar a roupa é claro. Bergamota dançava com a puta velha. Mosquito recebeu a proposta da puta que o deixou de pau duro: “30 pila, completo”. A puta velha pediu 50. Os dois estavam fodidos. Saldo total = 20. Os dois queriam fudê, porém sem dinheiro nada feito. Duas e pouco, ou três da madrugada. As putas entram num táxi, e convidam os dois para ir no Bonanza. Os dois não tinham nem 15 pila pra entrar no Bonanza onde a bebida era liberada.
Decidiram ir embora. Foram dar uma volta na avenida Independência em São Leopoldo. Pararam num bar e beberam os 20.
Bergamota tinha maconha no carro, depois de bêbados, os dois pegaram ruas pouco movimentadas da Feitoria e de Lomba Grande. Mosquito esmurrugava a mercadoria, depois enrolou, e os dois fumaram o charuto que tinha a grossura de um dedo mínimo. Muito chapado e muito bêbado, Bergamota pergunta:
- Tá afim de dirigir?
- Tô tirando carteira.
- Não faz mal, tu sabe dirigir?
- Sei.
- Dirige?
-Tá bom, eu dirijo.
Mosquito conseguiu andar a 40Km/h em terceira. Rua deserta e tal.
- E ai, dirijo bem?
- É, tu vai ser um bom motorista! Deixa eu te mostrar agora como é que se faz.
Bergamota voltou ao volante e meteu 130Km/h no ponteiro.
O outro sentado ao lado só pensava em como seria morrer se seu primo perdesse o controle na rua da integração. O que será que sairia no Jornal NH no outro dia? Ele imaginava como seria a notícia no jornal, o cara escrevendo a matéria no computador, uma impressora gigante imprimindo folhas. Os conhecidos no seu enterro.
Bergamota não pensava, ele agia. Dizia que tinha um motor na ponta do pé. Uma máquina que faz andar. Era o piloto. O carro era um brinquedo, assim como um 38 para um guri de 6 anos.
O carro pulava e os dois conversavam calmamente sobre diversos assuntos envolvendo sexo, putaria, música, a cidade, as pessoas, psicologia, astronomia, política, religião, família.
Chapados até o fim vieram a Novo Hamburgo e voltaram a São Leopoldo. Passaram novamente pela Independência e voltaram para Novo Hamburgo. Então, estavam pela 1º de março, e ao lado da loja Móveis Líder “os porcos” (brigada militar) atacando. Tiveram sorte; passaram reto, e Mosquito com um baseado aceso na mão. Bergamota e Mosquito filosofaram, até que foram embora. A noite havia acabado.

quinta-feira, 23 de maio de 2002

Divagando em 23 de maio

Puta, e agora...
A inspiração sumiu. Que que eu vo fazê?
Pra começá, não me acho muita coisa, mas quero continuar escrevendo,
apesar de que to pensando que chega um ponto em que as coisas começam
a girar, dai é perigoso, ou seja, fica redundante o negócio.
Então, se começar colocar muita bosta, espero que meus amigos, que tem
liberdade para detonar comigo, se manifestem. Caso não queiram, tudo
bem, afinal de contas lê isso quem qué. Mas, também tem o fato de que
eu quero que leiam isso aqui. Tá, mas sem chegar a conclusão alguma vou
puxar outro assunto: "o Deus infinito"

Uma das melhores explicações é a de que Deus seja infinito.
Deus é a divisão por zero, ou seja, qualquer divisão por zero tende ao
infinito.
A vida é uma progressão de dias vividos que tende a morte até chegar lá.
Matemática é alguma coisa em que quando se chega a um determinado conhe-
cimento que se pode até filosofar com ela -por isso, existem tantos
matemáticos, físicos, engenheiros, técnicos eletrônicos, e afins que são
tão malucos (e estão soltos por ai).

Detalhe: eu, tu, ele (nós, vós, eles) morreremos todos amanhã, ou depois
de amanhã, ou em outro depois de amanhã. Haverá o dia em que não vamos
mais acordar.

O que impede a nós fazermos o que quisermos?
Hum... limites, somos limitados. Limites existem em todas as formas,
maneiras e jeitos possíveis. Digamos, por exemplo: limite físico.

Tá, chega de filosofar. Vamos só pensar alguma coisa, talvez...
Talvez tu já esteja sem saco de ler isso e tá preocupado com alguma
coisa. Só deu uma olhadinha por cima e não quer pensar, tudo bem...
O teu subconsciente tem que captar alguma coisa. Somos seres manipula-
dores-manipulados que aceitam idéias motivadas por uma repetição infer-
nal de palavras, ou versos simples que não querem mais fugir da sua
cabeça.

Expor idéias, o problema de aprofundar para dar um sentido e expressar
sem ofender, parecer uma lógica aceitável mediante a visão de qualquer
ser pensante leitor.
Isso não é tão fácil, sempre temos que limitar para expor idéias.
Se soubessemos passar a idéia pura sem precisar pensar em como fazer
a apresentação, em como formular a coisa seria mais fácil.
Conversa é melhor coisa para passar coisas, o problema é que conversa
não se registra e é fácil de esquecer. Se pensa e escreve, isso é um
registro que fica e pode ser consultado. É bom esse negócio de escrever.

Quando estou com muitos pensamentos redundantes, os escrevo e eles param
de ficar redundando na cabeça e dão numa espécie de vácuo onde a ferti-
lidade se encarrega de criar novos pensamentos que vão redundar até que
sejam passados para o papel. Dai, parece que quando os releios tenho, no
estoque cerebral, uma réplica identica à escrita.

Já ouvi algumas vezes umas musiquinhas no ônibus que pareciam que não
iriam jamais abandonar a minha cabeça. Já ouvi coisas que, apesar de
não apreciar, reproduzia cantando sem ter consciência do que estava
fazendo. Isso é como lavagem cerebral. É como bordão de novela:
"Tô certo ou tô errado".

Essas coisas poluidoras de cérebros. É isso: temos venemo impregnado nos
pensamentos manipulados por uma mídia unificadora mental. Se você não
sabe o que está na mídia, automaticamente, está por fora. Buscamos a mí-
dia para saber o que se passa para não sermos excluidos da presença de
outras pessoas. Quantas pessoas você conhece?
Talvez, nem você saiba quem você é.

Então tá, eu vou acordar para realidade. Vou tomar meu café, trabalhar,
estudar, tomar banho e dormir. Pra quê? É pra isso. Não. Temos que ten-
tar nos habituar a melhorar sempre pra viver mais para poder tomar café,
trabalhar, estudar, tomar banho, fazer sexo, dormir e etc..