segunda-feira, 28 de abril de 2003

"O fato de nós procurarmos muitas vezes, na es­tranheza da angústia, romper o vazio silêncio com palavras sem nexo é apenas o testemunho da presença do nada."

"O nada não acontece nem para si mesmo nem ao lado do ente ao qual, por assim dizer, aderiria, O nada é a pos­sibilidade da revelação do ente enquanto tal para o ser-aí humano. O nada não é um conceito oposto ao ente, mas pertence originariamente à essência mesma (do ser). No ser do ente acontece o nadificar do nada."

"Sem a originária revelação do nada não há ser-si-mesmo, nem liberdade."

"A angústia está aí. Ela apenas dorme."

"O estar suspenso do ser-aí dentro do nada originado pela angústia escondida é o ultrapassar do ente em sua totalidade: a transcendência."

"Metafísica é o perguntar além do ente para recuperá-lo, enquanto tal e em sua totalidade, para a compreensão.

"A discussão metafísica do ente mantém-se, porém, ao mesmo nível que a questão do nada. As questões do ser e do nada enquanto tais não têm lugar. E por isso que nem mesmo preocupa a di­ficuldade de que, se Deus cria do nada, justamente precisa poder entrar em relação com o nada. Se, porém, Deus é Deus, não pode ele conhecer o nada, se é certo que o “absoluto” exclui de si tudo o que tem caráter de nada."

"A existência científica recebe sua simplicidade e acribia do fato de se relacionar com o ente e unicamente com ele de modo especialíssimo. A ciência quisera abandonar, com um gesto sobranceiro, o nada. Agora, porém, se torna patente, na interrogação, que esta existência científica so­mente é possível se se suspende previamente dentro do nada. Apenas então compreende ela realmente o que é quando não abandona o nada. A aparente sobriedade e superioridade da ciência se transforma em ridí­culo, se não leva a sério o nada. Somente porque o nada se revelou, pode a ciência transformar o próprio ente em objeto de pesquisa. Somente se a ciência existe graças à metafísica, é ela capaz de conquistar sempre no­vamente sua tarefa essencial que não consiste primeiramente em recolher e ordenar conhecimentos, mas na descoberta de todo o espaço da verdade da natureza e da história, cuja realização sempre se deve renovar."

"A filosofia somente se põe em movimento por um peculiar salto da própria existência nas possibilidades fundamentais do ser-aí, em sua totalidade. Para este salto são decisivos: primeiro, o dar espaço para o ente em sua totalidade; segundo, o abandonar-se para dentro do nada, quer dizer, o libertar-se dos ídolos que cada qual possui e para onde costuma refugiar-se sub-repticiamente; e, por último, permitir que se desenvolva este estar suspenso para que constantemente retorne à questão fundamental da me­tafísica que domina o próprio nada:
   Por que existe afinal ente e não antes Nada?"

fonte:
ACRÓPOLIS
Versão eletrônica do livro “Que é Metafísica?”
Autor: Heidegger
Créditos da digitalização:
Membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia)
Homepage do grupo:
http://br.egroups.com/group/acropolis/
Upload feito por:
Thiago Maia
thiagomaiasantos@uol.com.br

quinta-feira, 24 de abril de 2003

Não tem mais graça brincar com meu computador em casa. Sem internet não rola. Tenho idéias, mas fico com elas apenas no pensamento e não consigo mais escrever por causa de um preguiça sobre-natural.

quinta-feira, 17 de abril de 2003

Lembrei: James Joyce disse que ele seria um grande escritor enquanto houvesse um professor de literatura tentando decifrar seus enigmas.

Tenho outras coisas a serem inseridas no blog, mas vou tratar de fazê-lo em outro momento, porque não estou afim no momento.
Tanta merda que eu penso de noite, vocês nem imaginam! Sempre antes de dormir, chove pensamentos, os quais não tomo nota, porque senão não durmo. Por falar em dormir; estou acordado direto, não durmi na última noite.

Segunda-feira pela madrugada, assisti "Grandes Mestres da Literatura". Soube da existência de James Joyce, que escreveu Ulysses. Esse livro trada de um homem moderno, que era um corno, diga-se de passagem. O autor mostrou partes de sua vida e sua psicologia em alguns personagens. A obra fez muito sucesso, e se não me engano foi lançada na década de 20 (1927, talvez). Uma parte que chamou-me atenção foi a crítica que ele fez do homem moderno. A melhor parte foi em que Ulysses deita à cama do casal, com mulher, depois de uma noitada com as putas, verifica a cama e percebe que aquela noite sua mulher também o traiu. Ele dá um beijo em cada um de seus "melões fedorentos" (a bunda da esposa) e dorme. A mulher acorda e lembra da trepada com o amante, mas depois lembra de como foi o pedido de casamento do marido (esse havia sido uma mulher quando fez o pedido, pois falara as melhores coisas que uma mulher poderia ouvir). Ela pensa em fazer um café da manhã e servir na cama com vestimentas propícias para fazer com que Ulysses "levantasse". Os dois ficaram 11anos sem transar, porque ela perdeu um filho e nunca mais quis saber do marido, até aquele dia em que mesmo encontrando os resquícios da traição era capaz de amá-la. Porém, o livro é um romance e os dois não chegam a trepar no final, fica somente a idéia de que a mulher vai querer se entregar novamente.

segunda-feira, 7 de abril de 2003

Aos amigos --> Não levem a mal as piadas ou qualquer merda que eu fale. Nem sempre que eu falo de sexo eu falo sério. Interpretem como quiserem.
Blá blá blá.
Estou pensando em mudanças a serem feitas.
Tipo: experimentar um outro ambiente, digamos, mais saudável. Pessoas diferentes, digamos, que fazem coisas que eu não estou acostumado. Pessoas que não bebem, não fumam, não vão prá balada e coisas e tal.
Vamos ver no que vai dar.

Blá blá blá.
Tava querendo escrever sobre vaginas e coisas e tal, mas pelo menos por hoje não vou fazer isso.
Então, após muito tempo sem acessar a internet, volto aqui novamente.

Falando besteira com um amigo, perguntei:

- E aí, tá pegando alguma coisa por fora?
- Pode-se dizer que sim.

O que será que ele entendeu? Eu tava falando em mulher, mas pode ser que ele esteja fazendo alguma coisa por fora pra conseguir uma grana.

Não tendo mais o que fazer a não ser bater papo furado mesmo.

Estou lendo Crítica da Razão Pura de Kant um livro interessante.

Numa fase de desemprego, assisti pela madrugada na TVE, canal 7, um programa sobre grandes autores da literatura. Estavam mostrando a obra de um cara chamado "Brush", se não me engano, e a obra chamava-se: Busca do Tempo Perdido. Não sei o quê esse cara escreveu, mas diziam que era um gênio e sua obra serviria até para alguém ler no século 21. Tal escritor morreu em 1922, e foram lançados alguns de seus livros em 1927.