domingo, 18 de julho de 2010

Então tudo se fez novo

Alguma coisa nova
Sabe-se lá o quê
Mas tá aí
A rocha, a segurança
O simbolismo
Uma mente preguiçosa
Um corpo preguiçoso
O pecado
A renovação
É preciso renovar
A cada dia
Mais certezas e menos divagações

quarta-feira, 14 de julho de 2010

ACRILIC ON CANVAS (toca fitas velho dentro da mente de um guri de 15 anos)

Acrilic on Canvas
Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha / Marcelo Bonfá




É saudade, então
E mais uma vez
De você fiz o desenho mais perfeito que se fez
Os traços copiei do que não aconteceu
As cores que escolhi entre as tintas que inventei
Misturei com a promessa que nós dois nunca fizemos
De um dia sermos três
Trabalhei você em luz e sombra


E era sempre, Não foi por mal
Eu juro que nunca quis deixar você tão triste
Sempre as mesmas desculpas
E desculpas nem sempre são sinceras
Quase nunca são


Preparei a minha tela
Com pedaços de lençóis que não chegamos a sujar
A armação fiz com madeira
Da janela do seu quarto
Do portão da sua casa
Fiz paleta e cavalete
E com lágrimas que não brincaram com você
Destilei óleo de linhaça
Da sua cama arranquei pedaços
Que talhei em estiletes de tamanhos diferentes
E fiz, então, pincéis com seus cabelos
Fiz carvão do baton que roubei de você
E com ele marquei dois pontos de fuga
E rabisquei meu horizonte


E era sempre, Não foi por mal
Eu juro que não foi por mal
Eu não queria machucar você
Prometo que isso nunca vai acontecer mais uma vez


E era sempre, sempre o mesmo novamente
A mesma traição


Às vezes é difícil esquecer:
"Sinto muito, ela não mora mais aqui"
Mas então, por que eu finjo
Que acredito no que invento?
Nada disso aconteceu assim
Não foi desse jeito
Ninguém sofreu
É só você que me provoca essa saudade vazia
Tentando pintar essas flores com o nome
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"

segunda-feira, 12 de julho de 2010

ANDREA DORIA ( Um convite à confusão mental )

      


Andrea Doria
Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Marcelo Bonfá


Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...


Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...


Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...


Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...


Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...


Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...


Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...


Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...


Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...

Entregue aos desejos


A barba não feita
A casa bagunçada
A tv ligada

Um homem
Ou o que deveria ser um homem
Sonolento

O controle remoto em uma mão
Dor no corpo
E alguns canais com bom sinal

Não é o dia do dever
É dia da preguiça semanal, e hoje, por acaso
É o dia do trabalhador


(feito em 01/05/2010)