sábado, 14 de setembro de 2002

Este não é o meu pensamento, mas tem a ver com alguma coisa que vocês talvez saibam o que é...


Cansei dessa droga de vida, qual é o meu lucro desse investimento? Eu tô louco pra fudê! Não quero mais saber de ser um ser moral. Aquele que sempre tem alguma razão em dizer alguma coisa. Aquele que se priva de diversão e de falar mal dos outros sem olhar pro próprio rabo. Aquele tipo de filho da puta que luta por um ideal. Eu, definitivamente sou um infeliz. Eu não quero o que eu tenho, eu não me amo. Sou um ser que tenta mudar algo para melhor, e vejo somente meus esforços fracassarem, porque não acreditam nas minhas idéias. Sei que tem gente muito boa na praça, mas não adianta, o povo tem mais é que se fuder mesmo e eu mais ainda. De que serviram os meus planos mirabolantes, de que serviu a minha pobre arte, de que serviu os meus inúmeros esforços. Sou desprezado porque não possuo bens, ou dinheiro, ou sexo, ou carro, ou moto, ou casa, ou qualquer tipo de coisa que faça os outros me olharem como um ser forte. Para as pessoas não importa o meu romantismo ou meus sonhos. E se tu me achas aquele ser que se queixa da vida e que se acha coitadinho, vai se fudê! Estou mudando minha postura, vou ser competitivo, chega de ser bonzinho. Vou criar aquelas relações artificiais de amizade. Vou criar pretexto para ganhar dinheiro. Vou trepar com qualquer mulher que aparecer na frente. Vou esquecer os meus critérios, afinal de contas já perdi muita mulher só porque elas eram fúteis, nada a ver comigo e outras coisas. O que importa é sexo! Sou homem e terei que agir como tal! Vou acabar como tantos e me enquadrar no padrão "generalista-generalizador". Infelizmente é assim que as coisas funcionam: “Exploração do homem pelo homem”. Hoje sou um ser explorado, amanhã, o explorador. Vinde a mim a inteligência, para com ela dominar novas mentes, as quais trarão o meu conforto. Serei uma espécie de demônio aprisionado. Cuidado! Não vire as costas! Serei covarde, usarei golpes baixos, e bato em quem não sabe se defender. É para isso que estou aqui. E não para ser aquilo que sempre quis: um cara legal, um amigo, uma boa pessoa, um homem culto. Minha cultura se resumirá a grana e o que eu posso fazer com ela. Confesso que irei chorar, nessas horas lembrarei de vocês que foram meus amigos e de como era bom. Não tenho tempo agora, tempo é dinheiro, o recesso acabou. Sigam os seus caminhos e sejam felizes, porque eu não sou. O meu mundo material me espera e com ele as contas a pagar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário