segunda-feira, 11 de novembro de 2002

Dor muita dor
Não chorava há muito tempo, mas quinta, sexta e sábado eu chorei - principalmente no sábado - logo após acordar derrepente às 5:00. Muito mal. Não abria o berreito desde a morte do meu querido padrinho em 1998. Foi bom, aliviei. Pensei muitas coisas sobre mim mesmo, muito ressentimento aprisionado, muita recriminação sofrida. Tinha que me libertar. Deveria haver alguma válvula de escape. Não haviam drogas em casa, alguma coisa iria acontecer. E aconteceu. Dai, comprei um maço de hollywood vermelho e fumei (foda-se eu mesmo, parei mas agora vou ter uma bela recaida! - pensei).(Ontem, domingo, não fumei, e hoje, segunda, tb não). Não pense que foi por um fator apenas, foi por tudo o que incomodava em mim mesmo, tudo o que tento mudar, tudo o que tento reconhecer em mim mesmo, e também não sou super-homem. Não sei se isso é depressão. Pois a depressão para mim é uma tristeza que trava e vai aumentando aos poucos e tira a vontade de fazer coisas. Aquilo foi estranho. Não sei explicar. Como todo bom reprimido, chorei sozinho e cuidei para não fazer barulho para que meus irmãos e minha mãe não ouvissem meu pranto. Não gosto de me expor à família, talvez porque não queira preocupar ninguém, ou porque não foi bom me expor e sempre que fiz isso eu sofri mais (essa é a melhor explicação) ou porque quero viver na minha e expor quem eu sou somente a quem eu escolher.
Tá, mas agora eu gostaria de saber: Como é que vais?

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