Medidas
Transformação
Doses homeopáticas
Meios
Caminhos
Disperdício
Vida
Tempo
Procura
Movimento
Moldura
Corre
Pensar, pensar, pensar...
Fórmulas, fórmulas, fórmulas que não existem
"Como é triste
Não ter vocabulário
Mas as palavras me permitem a tudo
Por isso, recorro ao dicionário"
Minha liberdade não existe
Faço tudo que penso que é certo fazer
Na dúvida: nasci e morri
Vivo desde que me lembro
Versos com rima não são o meu forte
Minhas ciências são exatas
Culpa de um certo hemisfério esquerdo
Que julga o direito errado
Sutil animal que vive em meu corpo
Quando for a hora, irei soltá-lo
Para que em segurança possa viver
Racionalidade, pobre infeliz
Como és belo, inteligente, bom!
Eu te admiro
Mas eu não te quero
Bom,
Vamos com calma
Conhecendo
"Tudo o que já foi dito
Eu repito"
"Me faço presente
Com meus versinhos"
Quem tu eras...
...na infância?
...na escola?
...em casa?
...quando se escondias?
O que tu aprontavas?
"Não como ninguém,
pelo menos,
ninguém me come!"
*****
Tristeza confortável
Uma espécie de saudade
De algo que nunca tive
Que está sempre aqui
Como eu gosto
De saber que é bom viver
Que sou capaz de sentir
Só não sei explicar
Vontade de te abraçar
Como se nunca mais fosse te ver
Eu queria
Ela não quis
Dormimos
Acordamos
Ela quis
Eu, não mais
Seria um erro muito grande
Fui embora
Um dia a vi
Ela nunca soube quem era eu
Lembrava a fisionomia, meu nome
Estava com outro cara
(Um amigo? Não sei.)
Não o beijou
Sentou-se em alguma mesa à minha frente
Conversava com o cara
Talvez pensasse que eu sentiria ciúmes
Fiquei torcendo que ela se acertasse com o cara
E nunca mais quisesse saber de mim
Distraidamente saí
Não soube mais nada dela
E quer saber?
Não quero nem saber
Velho (aos vinte e quatro anos)
Fumando
Bebendo café
Fins de semana
Feriados
Domingos
Lendo livros
Assistindo TV
E escrevendo porcaria
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