sábado, 23 de março de 2002

Não sou um bom comentarista da vida, mas fiz uma colheita em uma enciclopédia para mostrar-lhes algumas coisas muito interessantes. Eu não acredito em Deus, e concordo com idéias expressas nestes textos abaixo.


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Nietzsche, Friedrich (1844-1900), filósofo alemão. Seu pensamento revela a influência da filosofia grega e da obra de Arthur Schopenhauer. Nietzsche tentou provar que os valores tradicionais - representados, principalmente, pelo cristianismo - tinham perdido poder na vida das pessoas, o que chamava niilismo passivo. Expressou este pensamento na proclamação “Deus está morto”. Nietzsche atacava a “moralidade escrava”, criada, segundo ele, por pessoas fracas e ressentidas que estimulavam comportamentos como a submissão e o conformismo. Por isto, Nietzsche lutou pelo imperativo ético de criar valores novos. Sua discussão sobre esta possibilidade evoluiu até configurar seu retrato do homem do futuro, o “super-homem” (übermensch), guiado pela “vontade de poder”.

Entre suas obras destacam-se A origem da tragédia (1872), Assim falou Zaratustra (1883-1885), Mais além do bem e do mal (1886), Genealogia da moral (1887) e A vontade de poder (1901). Seu pensamento influenciou a literatura alemã e outros filósofos, entre eles Karl Jaspers, Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre.
"Nietzsche, Friedrich,"



Friedrich Nietzsche fundamentou sua ética no que acreditava ser o mais básico dos instintos humanos: o desejo de poder. Nietzsche criticou o cristianismo e os sistemas morais de outros filósofos, denominando-as "morais escravas" por prenderem todos os membros da sociedade em normas universais de ética. Nietzsche ofereceu a "moral mestra" que valorizava a influência criativa dos indivíduos poderosos, capazes de transcender as normas comuns da sociedade.
The New York Public Library


Jean-Paul Sartre (depoimento, 1968)
Neste depoimento, ligado aos acontecimentos de maio de 1968, Sartre expõe suas conclusões sobre a função e o sentido da rebeldia juvenil: "A idéia é de que a violência é a única coisa que fica. Qualquer que seja o regime. Para os estudantes que são jovens e que acham que ainda não entraram no sistema preparado para eles por seus pais, e que não querem entrar. Em outras palavras, eles não aceitam concessões, não querem que as coisas sejam arranjadas e que suas pequenas reivindicações sejam atendidas apenas para encurralá-los e enquadrá-los, fazendo com que em 30 anos se transformem neste indivíduo gasto que é o seu pai".
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Existencialismo, movimento filosófico que ressalta o papel determinante da existência, da liberdade e da opção individual. Teve grande influência em diferentes escritores dos séculos XIX e XX, e não só na literatura, como também na teologia.
Como movimento filosófico e literário, pertence aos séculos XIX e XX, mas podem-se encontrar elementos de existencialismo no pensamento (e na vida) de Sócrates, na Bíblia e na obra de inúmeros filósofos e escritores pré-modernos. O primeiro a antecipar as principais inquietações do existencialismo moderno foi o filósofo Blaise Pascal.

Dada a diversidade de posições comumente associadas ao existencialismo, o termo não pode ser definido com precisão. No entanto, podem ser identificados alguns temas comuns a todos os escritores existencialistas: o principal é a ênfase posta na existência individual concreta e, conseqüentemente, na subjetividade, na liberdade individual e nos conflitos da opção. Foi o filósofo Sören Kierkegaard o primeiro escritor a usar o termo existencialismo, afirmando que o mais alto bem para o indivíduo consiste em encontrar sua própria e única vocação. Friedrich Nietzsche afirmou que o indivíduo tem que decidir que situações devem ser consideradas morais. Todos os existencialistas seguiram Kierkegaard, insistindo em que a experiência pessoal e o agir segundo as próprias convicções são fatores essenciais para se chegar à verdade. Asseveraram que a clareza racional é desejável onde e quando for possível, mas que os temas mais importantes da vida não são acessíveis à razão e à ciência. Apesar disso, talvez o tema de maior relevo na filosofia existencialista seja o da opção. A mais importante característica do ser humano é a liberdade de escolha. Os seres humanos não têm uma natureza imutável, ou essência, como têm os outros animais ou as plantas; cada ser humano faz opções que configuram sua própria natureza.

Kierkegaard afirmava que é fundamental para o espírito reconhecer que temos medo não só de objetos específicos, mas também de um indefinido sentimento de apreensão, que ele denominou temor. Temor que é, segundo ele, a forma que Deus tem de pedir a cada indivíduo um compromisso, adotando um estilo de vida pessoal válido. A palavra angústia, para Martin Heidegger, surge do confronto do indivíduo com o nada e com a impossibilidade de encontrar uma justificativa última para a opção que cada pessoa tem de fazer. Na filosofia de Sartre, a palavra náusea é usada para escrever o reconhecimento, pelo indivíduo, da contingência do Universo.


Niilismo, termo usado para definir diversas filosofias radicais. Indica que os seguidores dessas filosofias rechaçam quaisquer valores e não acreditam em nada. Durante a Idade Média, esta palavra foi aplicada aos hereges cristãos. Entre 1850 e 1860, os jovens intelectuais russos que repudiaram o cristianismo e advogaram pela mudança revolucionária também foram chamados de niilistas.
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