Conversa com putos
Curtindo uns showzinhos em Porto Alegre, o cara está só em uma mesa. Um gay se aproxima e pede um fogo. Estende o isqueiro.
- Posso sentar?
- Senta!
O gay senta-se à mesa, mas o cara não sabe ainda que o rapaz que acaba de se acomodar é puto.
- O fulano pode sentar também?
- Sim! - e o outro gay senta.
- Que sapato bonito! Onde tu comprou?
- Em Novo Hamburgo, sou de lá.
- Legal, mas porque tu tá aqui sozinho?
- Tô pensando numa mina por quem estou apaixonado. Só que é um amor não correspondido.
- Como ela é?
- É assim... blá, blá, blá...
- Hum... blá, blá, blá...
- Mas e o fulano?
- O fulano é formado em música, e nós trabalhamos em blá, blá, blá...
- A tá, legal!
- Blá, blá, blá...
- Blá, blá, blá pra ti também.
- Mas essa mulher que tu falou, ela não gosta de ti...
Voz do pensamento:
"Esse cara e o fulano são dois putos! Agora só falta o cara dizer que eles são a solução pra mim."
- É pode ser, posso estar aqui falando, sofrendo à toa. Só que eu não quero mais falar sobre isso e prefiro ficar aqui sozinho fumando e bebendo o meu trago.
O puto fica bravo, talvez porque estivesse tentando "cantar" ou "converter" o cara errado. Possivelmente acabava de dar-se conta que não iria rolar sexo à três, mesmo assim:
- Bom, fica aí então, mas tira essa mulher da cabeça, porque ela não presta!
- Tá falou. Valeu a dica! - e cumprimentou os dois viados que se retiravam.
Voz do pensamento:
"Só o que me falta, além de estar sem mulher, ficar levando cantada de viado!"
Comentário: Que literatura mais porca!
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