sábado, 6 de março de 2004

Sentido sentido


Aquela manhã estranha

Acorda, não há ninguém em casa

Toma banho, sai pelas oito

Desce, entrevista às nove

Dia de sol, vento frio

Às dez, carrega a blusa no braço

Suor nas pernas dentro da calça jeans

Perfume do desodorante nas axilas

Transpira e caminha

Às onze, dor de cabeça e fome

Sinusite provoca dor nos dentes

Almoça, às doze

Suas dores o acompanham até a hora de dormir

Às quatro e meia da madrugada, dorme

Até lá: filmes, livros e estudos

Dias de insônia, pouca alimentação e muito cigarro

Psicologia do desespero:

"O que eu fiz da minha vida?"

Não pára, sempre procura

Psicologia do afeto:

"Eu quero amar!"

"Eu amo!"

Psicologia da dúvida:

"O que é que eu vou fazer?"

No peito, respiração profunda

Nos olhos, lágrimas

Reestabelece sua aparente paz

Continua vivendo

Ganhando, perdendo

Matando, morrendo

Todos os dias...

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