terça-feira, 16 de dezembro de 2003

Pobre rapaz
Sentado em sua cama
Olhando um reflexo no vidro da janela
"Hotel Califórnia" tocando no rádio
Alguma coisa de bom
Infância, adolescência, transcendência
Nada de mal ele faz, nada mau
A angústia visita de vez em quando
Mas agora tem outras saídas
No peito uma máquina de sentimentos
Na cabeça: máquina de pensar
Na verdade: máquina nenhuma
"Máquina" é muita limitação para definí-lo
Confunde-se
Pensa em alguém
Que é tão diferente
Por isso que está tão impressionado
É simples! Porém difícil de acreditar
Mas qualquer chance pode ser a última
Esse é o medo:
Não consegue aproveitar o momento e
Desperdiçar com besteiras
Calma é o que procura
Mas como?
Sempre perguntando achando respostas
Perguntando mais
"Loop" infinito; parece-lhe
Não sabe e isso é mais uma fonte do desajuste
Parem de olhar em sua direção
Deixem
Ele tem que encontrar o seu caminho

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