terça-feira, 19 de agosto de 2003

Velhoze, ze, eduardo, closs, duda, edu, dudu, ou autor dos textos (autor do blog): Escrevi para o leitor tentar buscar o maior número de significados dos textos para si, ou quem sabe, tentar advinhar o que eu pensava. Os textos foram escritos em sequência, os dois primeiros no mesmo dia, o terceiro; no segundo dia, o quarto; no quinto dia. No final, uma ajuda aos amigos.


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Quero ver a beleza em teus olhos
Quando cantares com a força de tua alma
Não serão versos vazios
Pois tudo fará sentido
E todos ficarão calados
Em transe, terão seus corpos invadidos
Assim como sinto o calor do teu corpo
Não mentirei mais,
Porque só a verdade me libertará
E tu saberás quando isso acontecer
Em tempo
Não agora
Veremos as lágrimas
Saberás, então,
Que vale a pena
Viver


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Tuas palavras de amor
Fedem à merda
São mentiras
Pára com isso
Não te iludas
Essa tua vida de aparência
Amigos de conveniência
Tu diz que amas
Pessoas que tu não conheces
Saia desse vazio
E quem sabe
Se abrires teu coração
Possa eu te amar
Se suportares defeitos meus
Eu, os teus
Cura-te dessa doença
Desse teu mundo imaginário
Pois se não: perecerá
Não acredite na fama
Porque quem te conclama
Um dia trairá
Ao acordar
Será culpa tua
Se faltar alguém
Quando precisar


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A mesma substância

A informação não chega
E não há olhar crítico
Por que a escola não ensina economia?
Não prepara para a vida
O que nos interessa é o que não sabemos
Apesar dos estímulos e pequenos luxos
Recebidos; nunca sabemos aproveitá-los
A ignorância reina sem limites
É arma na mão de quem sabe usá-la
Por mais que tente
Nunca és cidadão completo
Não tem tempo para tudo
A não ser, para a própria "bitolação"
Sem competência, não és crítico como deves
Não tens argumentos,
Pois não entendes o que dizes
O mais prático e funcional é o simplismo
Por maior que seja a tua inteligência
Por mais que tiveres estudado
Isso se resumirá a nada
Um pequeno esforço teu, algum dia,
Poderá torná-lo famoso; fará parte da História
Ainda que digam que mudaste o mundo
O mesmo permanecerá o mesmo

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Gatilho

A vida de muita paz é o inferno
Sem significado
Um pequeno movimento
Desencadeia a reação
E o projétil é expulso do repouso
Gerando desequilíbrio
Matando homens de atribuída importância
Era apenas aquela parte
A do aperto
E mais nada
(Explica)
O apenas leva e trás
Vai e busca
Toques
(Não, é óleo)
Sofreu, assim quís
Era somente
Sem vida

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