terça-feira, 16 de julho de 2002
Então...
Vou escrever sobre o quê?
Sobre nada.
Não sei mais o que escrever neste blog. Não há mais como. Não sei mais o que fazer. Comecei e não consigo postar mais nada. Não acho mais nada interessante para colocar. Tenho que ler mais. Não quero ficar dando voltas no mesmo assunto.
Todo verão surge inspiração.
Todo inverno a depressão.
A cada dois anos o desemprego.
A todo instante o desespero. A alegria. A nostalgia.
Versos tolos sim. Infantilidade.
Bobeiras e merdas. Bebedeiras.
Falta de consideração pelas pessoas.
Não sei administrar sentimentos, vou me esconder atrás do casco.
Tem dias que sou invisível. É ruim isto, porque tem dias que eu quero ser visto.
Fugir.
Me esconder.
Não, agora vou fazer você me odiar.
Eu tenho medo.
Agora.
Bom senso? O que é isso?
Vou escrever sobre o quê?
Sobre nada.
Não sei mais o que escrever neste blog. Não há mais como. Não sei mais o que fazer. Comecei e não consigo postar mais nada. Não acho mais nada interessante para colocar. Tenho que ler mais. Não quero ficar dando voltas no mesmo assunto.
Todo verão surge inspiração.
Todo inverno a depressão.
A cada dois anos o desemprego.
A todo instante o desespero. A alegria. A nostalgia.
Versos tolos sim. Infantilidade.
Bobeiras e merdas. Bebedeiras.
Falta de consideração pelas pessoas.
Não sei administrar sentimentos, vou me esconder atrás do casco.
Tem dias que sou invisível. É ruim isto, porque tem dias que eu quero ser visto.
Fugir.
Me esconder.
Não, agora vou fazer você me odiar.
Eu tenho medo.
Agora.
Bom senso? O que é isso?
Pesadelo
Sonhei com um tipo de demônio que me atormentava. Era um ser vermelho, tipo um diabinho. Ele se multiplicava, existiam vários deles, me atormentavam com suas vozes diabólicas. Os grunhidos de animais morrendo, carne e sangue por todos os lados. Eu agonizava, a dor infinita, o medo. Queria me livrar morrendo de uma vez, mas não conseguia. Daí pedi ajuda a Deus, e simplesmente acordei. Apesar de não querer acreditar em Deus, quando a coisa aperta é a essa figura invisível a quem recorro. Isso deve ser porque desde pequeno fui educado para acreditar nisso. Conforme dizem alguns psicólogos, muita coisa que vivemos até os sete anos de idade nos acompanharão para o resto de nossas vidas. Não há como fugir completamente do que nos foi ensinado como verdade. Conforme crescemos começamos a questionar várias coisas: coelhinho da páscoa, papai Noel, mula sem cabeça... Deus, provavelmente fantasia. Criamos ídolos, talvez um cara que tenha algum talento especial seja o seu. Isso deve ser por causa da incompetência do ser humano acreditar na verdade, uma delas é de que depois da morte estamos fudidos, não existimos mais. Outra é que aquilo que não podemos explicar não podemos explicar e pronto. O negócio é estudar para saber um pouco mais e deixar para as próximas gerações, eles que se virem.
Perigo
Conhecimento é uma coisa perigosa, porque quanto mais você sabe, mais poder você tem, mais dinheiro pode conseguir. A maior parte das pessoas, num país como esse, tem pouco estudo. Logo, a maioria é pobre. Detalhe, para quem tem menos, o acesso ao conhecimento deve ser difícil, porque quem tem mais não quer repartir o bolo. Daí as universidades públicas são mais concorridas, e o pobre que fez aquele segundo grau num precário colégio estadual vai concorrer com aquele que estudou no particular, que tinha todas as condições. Se o pobre passar, tomara que ele more perto da universidade e que seus pais possam ajudá-lo a se sustentar, senão tá fudido. Quem não passa na Federal, pode fazer como eu, 23 anos nas costas, trabalhando de dia para pagar a universidade particular de noite. Faltam só mais 9 semestres!
Sonhei com um tipo de demônio que me atormentava. Era um ser vermelho, tipo um diabinho. Ele se multiplicava, existiam vários deles, me atormentavam com suas vozes diabólicas. Os grunhidos de animais morrendo, carne e sangue por todos os lados. Eu agonizava, a dor infinita, o medo. Queria me livrar morrendo de uma vez, mas não conseguia. Daí pedi ajuda a Deus, e simplesmente acordei. Apesar de não querer acreditar em Deus, quando a coisa aperta é a essa figura invisível a quem recorro. Isso deve ser porque desde pequeno fui educado para acreditar nisso. Conforme dizem alguns psicólogos, muita coisa que vivemos até os sete anos de idade nos acompanharão para o resto de nossas vidas. Não há como fugir completamente do que nos foi ensinado como verdade. Conforme crescemos começamos a questionar várias coisas: coelhinho da páscoa, papai Noel, mula sem cabeça... Deus, provavelmente fantasia. Criamos ídolos, talvez um cara que tenha algum talento especial seja o seu. Isso deve ser por causa da incompetência do ser humano acreditar na verdade, uma delas é de que depois da morte estamos fudidos, não existimos mais. Outra é que aquilo que não podemos explicar não podemos explicar e pronto. O negócio é estudar para saber um pouco mais e deixar para as próximas gerações, eles que se virem.
Perigo
Conhecimento é uma coisa perigosa, porque quanto mais você sabe, mais poder você tem, mais dinheiro pode conseguir. A maior parte das pessoas, num país como esse, tem pouco estudo. Logo, a maioria é pobre. Detalhe, para quem tem menos, o acesso ao conhecimento deve ser difícil, porque quem tem mais não quer repartir o bolo. Daí as universidades públicas são mais concorridas, e o pobre que fez aquele segundo grau num precário colégio estadual vai concorrer com aquele que estudou no particular, que tinha todas as condições. Se o pobre passar, tomara que ele more perto da universidade e que seus pais possam ajudá-lo a se sustentar, senão tá fudido. Quem não passa na Federal, pode fazer como eu, 23 anos nas costas, trabalhando de dia para pagar a universidade particular de noite. Faltam só mais 9 semestres!
terça-feira, 2 de julho de 2002
O Brasil é Penta, grande merda.
Psicoenergia Destrutiva
Vivo em um ambiente cheio de pessoas frustradas que enviam seus impulsos destrutivos. Eu mesmo não consigo ser otimista, a maioria das notícias só é boa, quando trata de coisa ruim. (Se não acredita, assista o JN).
Porque não sou filósofo? Pois só sei filosofar se estou triste, amargurado, deprimido, frustrado. Talvez seja o efeito de olhar para o mundo e não se sentir parte dele. A introversão que me aquieta é a mesma que me faz pensar. Tento equilibrar interno com o externo. A busca pelo equilíbrio só faz eu ficar em cima do muro. Nada na vida é para sempre. Sempre existe o fim.
Porque a felicidade não acontece comigo. Serei covarde, ou não sei lutar. Ou lutei e perdi a vida, o que vivo é o castigo da perda. Perdi oportunidades, ou elas não vieram.
A imposição deve vir na hora certa, é o bote, o pulo do gato, o ataque. Atacar na hora errada é pior que ficar na defesa, é o tiro no escuro.
Não sei viver, o pior de tudo é que não me ama. Não amará quem não sabe amar. Aquele que se castiga e acha que não merece nada. A busca pelo isolamento é lamentável.
Psicoenergia Destrutiva
Vivo em um ambiente cheio de pessoas frustradas que enviam seus impulsos destrutivos. Eu mesmo não consigo ser otimista, a maioria das notícias só é boa, quando trata de coisa ruim. (Se não acredita, assista o JN).
Porque não sou filósofo? Pois só sei filosofar se estou triste, amargurado, deprimido, frustrado. Talvez seja o efeito de olhar para o mundo e não se sentir parte dele. A introversão que me aquieta é a mesma que me faz pensar. Tento equilibrar interno com o externo. A busca pelo equilíbrio só faz eu ficar em cima do muro. Nada na vida é para sempre. Sempre existe o fim.
Porque a felicidade não acontece comigo. Serei covarde, ou não sei lutar. Ou lutei e perdi a vida, o que vivo é o castigo da perda. Perdi oportunidades, ou elas não vieram.
A imposição deve vir na hora certa, é o bote, o pulo do gato, o ataque. Atacar na hora errada é pior que ficar na defesa, é o tiro no escuro.
Não sei viver, o pior de tudo é que não me ama. Não amará quem não sabe amar. Aquele que se castiga e acha que não merece nada. A busca pelo isolamento é lamentável.
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